Agência Panafricana de Notícias

Obama instado a reforçar relações comerciais entre Estados Unidos e África

Nairobi, Quénia (PANA) – O Presidente norte-americano recentemente reeleito, Barack Obama, foi convidado por peritos a concentrar-se no reforço das relações comerciais dos Estados Unidos com África, e trabalhar para a reorientação dos investimentos privados das telecomunicações, que se encontra em pleno crescimento no continente.

O chefe de Estado norte-americano foi igualmente convidado a seguir o exemplo da China, que estabelece relações comerciais sólidas com África.

"África espera agora, após a reeleição de Obama, que este fará mais, estabelecendo por exemplo relações comerciais mais sólidas com África como o fez a China", disse Bitange Ndemo, secretário-geral do Ministério queniano da Informação.

Ndemo, um perito reconhecido em telecomunicações a quem se atribui a revolução deste setor no Quénia, reagia à reeleição do Presidente Obama, terça-feira, para um segundo e último mandato de quatro anos à frente dos destinos dos Estados Unidos.

Por sua vez, Chris Kirubi, um industrial queniano e proprietário de uma das principais rádios privadas do Quénia, disse também esperar da nova Administração Obama "um reforço de parcerias em setores como as tecnologias de informação, a saúde, a educação e a agricultura, que podem ajudar-nos a desenvolver o Quénia".

Numa mensagem de felicitações ao Presidente Obama, o Presidente queniano Mwai Kibaki disse que o seu país espera "um reforço das relações comerciais com os Estados Unidos".

Ao contrário dos seus predecessores, o Presidente Obama não deixou uma forte impressão nas relações dos Estados Unidos com África, embora tenha defendido, durante o seu primeiro mandato, a Lei sobre o Crescimento e as Oportunidades em África (AGOA), lançada pelo Presidente Bill Clinton para facilitar o acesso livre dos produtos africanos ao mercado norte-americano.

"No plano económico, a Administração Obama contribuiu para o abandono de alguns programas de ajuda específicos herdados da Administração Bush", escreveu o ex-ministro queniano do Comércio, Mukhisa Kituyi, numa contribuição no "Daily Nation", quinta-feira.

Ele explicou que o Presidente norte-americano não fez grande coisa desde o seu discurso no Egito, que precedeu a "Primavera Árabe" e que era responsável pela ausência de um acordo mais global para substituir AGOA.

-0- PANA AO/SEG/FJG/TBM/IBA/CJB/IZ 09nov2012