PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONUSIDA deplora "tragédia humanitária" na República Centroafricana
Bangui, República Centroafricana (PANA) - O diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre a Sida (ONUSIDA), Michel Sidibé, mostrou-se quarta-feira muito preocupado face à “tragédia humanitária” resultante da situação de crise política, social e de segurança sem precedentes na República Centroafricana (RCA).
Em entrevista exclusiva à PANA, Michel Sidibé considerou que « se não reagirmos rapidamente, a RCA pode perder toda uma geração ».
«A situação é grave na RCA onde se assiste a uma limpeza étnico-religiosa a que se junta a ausência do Estado, da Polícia e do Exército com a população a recear constantemente exações das milícias", lamentou Sidibé que participa numa missão conjunta com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), com o objetivo de avaliar os custos de um corredor humanitário.
Saudou no entanto os esforços e o engajamento do Governo centroafricano de transição, formado em janeiro último.
A seu ver, a esperança suscitada pela eleição de Cathérine Samba Panza (Presidente da RCA) continua palpável porque «ela tenta projetar a sua visão para a segurança e o restabelecimento do poder do Estado ».
No entanto, acrescentou, ela precisará de muitos apoios para restabelecer a justiça, uma administração cujo pessoal não foi pago há muito tempo, e reconstituir um Exército praticamente inexistente.
Enquanto isto, alertou Sidibé, algumas milhares de pessoas deslocadas nos campos de refugiados, sem apoios adequados, vêem a sua esperança minguar com a vinda da estação chuvosa suscetível de aumentar a precariedade da sua situação.
O quadro sombrio diz igualmente respeito a mais de dois milhões e 300 mil pessoas afetadas pela crise centroafricana, ou seja, a metade da população do país, que espera da comunidade internacional cada vez mais reações de acompanhamento, frisou.
O diretor executivo do ONUSIDA alertou ainda para a situação de jovens mais vulneráveis à prevalência do HIV/Sida devido ao impacto negativo do enfraquecimento do Estado e da ineficácia da luta contra esta pandemia.
Considerou que, por isso tudo, estes jovens são alvos fáceis de todas as formas de exploração, nomeadamente a prostituição e o recrutamento em milícias.
Porém, ele afirma esperar que a aceleração da combinação de diversas forças de intervenção africana, francesa e europeias ajude a restaurar a insegurança e a estabilização do país.
Referindo-se a um recente périplo da Presidente Catherine Samba Panza pela sub-região, Sidibe indica que o mesmo visa associar as forças.
Concluindo, ele considerou que qualquer fiasco na resolução da situação na RCA pode pôr toda a sub-região em chamas.
-0- PANA SSB/MAR/DD 20fev2014
Em entrevista exclusiva à PANA, Michel Sidibé considerou que « se não reagirmos rapidamente, a RCA pode perder toda uma geração ».
«A situação é grave na RCA onde se assiste a uma limpeza étnico-religiosa a que se junta a ausência do Estado, da Polícia e do Exército com a população a recear constantemente exações das milícias", lamentou Sidibé que participa numa missão conjunta com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), com o objetivo de avaliar os custos de um corredor humanitário.
Saudou no entanto os esforços e o engajamento do Governo centroafricano de transição, formado em janeiro último.
A seu ver, a esperança suscitada pela eleição de Cathérine Samba Panza (Presidente da RCA) continua palpável porque «ela tenta projetar a sua visão para a segurança e o restabelecimento do poder do Estado ».
No entanto, acrescentou, ela precisará de muitos apoios para restabelecer a justiça, uma administração cujo pessoal não foi pago há muito tempo, e reconstituir um Exército praticamente inexistente.
Enquanto isto, alertou Sidibé, algumas milhares de pessoas deslocadas nos campos de refugiados, sem apoios adequados, vêem a sua esperança minguar com a vinda da estação chuvosa suscetível de aumentar a precariedade da sua situação.
O quadro sombrio diz igualmente respeito a mais de dois milhões e 300 mil pessoas afetadas pela crise centroafricana, ou seja, a metade da população do país, que espera da comunidade internacional cada vez mais reações de acompanhamento, frisou.
O diretor executivo do ONUSIDA alertou ainda para a situação de jovens mais vulneráveis à prevalência do HIV/Sida devido ao impacto negativo do enfraquecimento do Estado e da ineficácia da luta contra esta pandemia.
Considerou que, por isso tudo, estes jovens são alvos fáceis de todas as formas de exploração, nomeadamente a prostituição e o recrutamento em milícias.
Porém, ele afirma esperar que a aceleração da combinação de diversas forças de intervenção africana, francesa e europeias ajude a restaurar a insegurança e a estabilização do país.
Referindo-se a um recente périplo da Presidente Catherine Samba Panza pela sub-região, Sidibe indica que o mesmo visa associar as forças.
Concluindo, ele considerou que qualquer fiasco na resolução da situação na RCA pode pôr toda a sub-região em chamas.
-0- PANA SSB/MAR/DD 20fev2014