PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU saúda vontade dos Líbios de viver em paz e dignidade
Tripoli, Líbia (PANA) - O representante especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na Líbia, Martin Kobler, saudou quinta-feira à noite os Líbios expressando a sua admiração pela sua vontade de viver em paz e dignidade".
"É imperativo que os sacrifício de tantos Líbios não seja em vão. É por isso que declarei o ano de 2017 o ano das decisões e conquistas políticas. Apelo aos grupos rivais na Líbia para colocarem o interesse supremo do seu país em cima de quaisquer considerações", aconselhou
Kobler numa mensagem aos Líbios na véspera da comemoração do 6º aniversário da Revolução de Fevereiro de 2011.
Exortou aos que ainda não aderiram ao processo de paz a juntarem-se àqueles que já lá estão a fim de que seja encontrada uma solução política consensual e inclusiva para a crise em curso no país.
"Os Líbios têm agora um acordo político viável suscetível de ajudar o seu país a ir avante e criar um Estado estável e democrático, dotado de instituições sólidas e responsáveis, e fundado num Estado de direito. Esta oportunidade não pode se perdida", insistiu Kobler.
Recordou-lhes que "o caminho para a paz é longo e árduo, e exige um compromisso e um trabalho afincado. Devo aqui garantir ao povo líbio a ONU é solidária com vocês e com os vossos esforços coletivos para escolherem a paz em vez da violência e a estabilidade em vez do caos".
De facto, festividades comemorativas do 6º aniversário da Revolução de 17 de fevereiro de 2011, que culminou no derrube, em agosto de 2011, do então regime de Muamar Kadafi, decorrem há vários dias na Líbia apesar do caos de insegurança persistente no país, observa-se no local.
Os seis anos de caos, de falta da autoridade do Estado e enormes dificuldades a que os Líbios fazem face parecem não terem afetado os cidadãos pois as populações e as autoridades ultrapassaram estes obstáculos para celebrar a "revolução de fevereiro" de 2011.
É numa grande efervescência, tradição de grandes festas, que as ruas decoradas em Tripoli e noutras cidades do país estão animadas ao passo que passeios estão repintados e a bandeira da independência, símbolo da revolução, pendurada por todos os lados, principalmente nas frontarias dos edifícios públicos e privados.
Em Tripoli, um pódio foi erguido no emblemático Largo dos Mártires, no centro da cidade, e comícios já começaram, nomeadamente no aeroporto de Maatigua, subúrbio leste da cidade, concertos musicais foram organizados na presença de um público numeroso mesmo se as expetativas que motivaram esta revolução ainda não tiveram respostas.
Esta situação constitui para os Líbios uma obra colossal que permitiu derrubar uma das antigas tiranias e ditaduras no continente, designadamente a de Muamar Kadafi, em agosto de 2011, após 42 anos de poder absoluto.
As motivações desta revolução, entre outras, a liberdade, a democracia, a dignidade e igualdade, valem o sacrifício feitos pelos Líbios mesmo se estes ideais são tidos como reféns por milícias e grupos armados que fizeram do uso de armas a única linguagem, roubando assim o sonho dos Líbios e de todo o país.
Economicamente, a Líbia está à beira da bancarrota embora a produção do petróleo tenha atingido mais de 700 mil barris dia, sempre aquém das reais das capacidades do país.
Além disso, o dinar, a moeda nacional, sofre uma baixa no mercado negro face nomeadamente ao dólar americano, trocando-se por seis dinares o dólar, enquanrto a taxa oficial equivale a 1,48 dinar por um dólar americano.
A crise de liquidez, de eletricidade, de medicamentos e de infraestruturas agrava os sofrimentos dos Líbios que se vêem obrigados a desenrascar-se diariamente para sobreviverem.
Militarmente, confrontos decorrem ainda em Benghazi, o epicentro da revolução de fevereiro, no leste do país, onde o Exército nacional, dirigido pelo marechal Khalifa Haftar, escorraça grupos extremistas islamitas nos seus últimos bastiões.
Após a libertação de Sirtes (centro) das garras do Daech (Estado islâmico), a capital, Tripoli, foi palco de um clima de tensão com a retomada de confrontos armados entre milícias.
O anúncio da criação de uma guarda nacional sob a tutela do Governo de Salvação (Governo paralelo), que retomou a sua atividades ultimamente em Tripoli, aumentou o clima de tensão na cidade capital líbia.
-0- PANA BY/TBM/SOC/DD 17fev2017
"É imperativo que os sacrifício de tantos Líbios não seja em vão. É por isso que declarei o ano de 2017 o ano das decisões e conquistas políticas. Apelo aos grupos rivais na Líbia para colocarem o interesse supremo do seu país em cima de quaisquer considerações", aconselhou
Kobler numa mensagem aos Líbios na véspera da comemoração do 6º aniversário da Revolução de Fevereiro de 2011.
Exortou aos que ainda não aderiram ao processo de paz a juntarem-se àqueles que já lá estão a fim de que seja encontrada uma solução política consensual e inclusiva para a crise em curso no país.
"Os Líbios têm agora um acordo político viável suscetível de ajudar o seu país a ir avante e criar um Estado estável e democrático, dotado de instituições sólidas e responsáveis, e fundado num Estado de direito. Esta oportunidade não pode se perdida", insistiu Kobler.
Recordou-lhes que "o caminho para a paz é longo e árduo, e exige um compromisso e um trabalho afincado. Devo aqui garantir ao povo líbio a ONU é solidária com vocês e com os vossos esforços coletivos para escolherem a paz em vez da violência e a estabilidade em vez do caos".
De facto, festividades comemorativas do 6º aniversário da Revolução de 17 de fevereiro de 2011, que culminou no derrube, em agosto de 2011, do então regime de Muamar Kadafi, decorrem há vários dias na Líbia apesar do caos de insegurança persistente no país, observa-se no local.
Os seis anos de caos, de falta da autoridade do Estado e enormes dificuldades a que os Líbios fazem face parecem não terem afetado os cidadãos pois as populações e as autoridades ultrapassaram estes obstáculos para celebrar a "revolução de fevereiro" de 2011.
É numa grande efervescência, tradição de grandes festas, que as ruas decoradas em Tripoli e noutras cidades do país estão animadas ao passo que passeios estão repintados e a bandeira da independência, símbolo da revolução, pendurada por todos os lados, principalmente nas frontarias dos edifícios públicos e privados.
Em Tripoli, um pódio foi erguido no emblemático Largo dos Mártires, no centro da cidade, e comícios já começaram, nomeadamente no aeroporto de Maatigua, subúrbio leste da cidade, concertos musicais foram organizados na presença de um público numeroso mesmo se as expetativas que motivaram esta revolução ainda não tiveram respostas.
Esta situação constitui para os Líbios uma obra colossal que permitiu derrubar uma das antigas tiranias e ditaduras no continente, designadamente a de Muamar Kadafi, em agosto de 2011, após 42 anos de poder absoluto.
As motivações desta revolução, entre outras, a liberdade, a democracia, a dignidade e igualdade, valem o sacrifício feitos pelos Líbios mesmo se estes ideais são tidos como reféns por milícias e grupos armados que fizeram do uso de armas a única linguagem, roubando assim o sonho dos Líbios e de todo o país.
Economicamente, a Líbia está à beira da bancarrota embora a produção do petróleo tenha atingido mais de 700 mil barris dia, sempre aquém das reais das capacidades do país.
Além disso, o dinar, a moeda nacional, sofre uma baixa no mercado negro face nomeadamente ao dólar americano, trocando-se por seis dinares o dólar, enquanrto a taxa oficial equivale a 1,48 dinar por um dólar americano.
A crise de liquidez, de eletricidade, de medicamentos e de infraestruturas agrava os sofrimentos dos Líbios que se vêem obrigados a desenrascar-se diariamente para sobreviverem.
Militarmente, confrontos decorrem ainda em Benghazi, o epicentro da revolução de fevereiro, no leste do país, onde o Exército nacional, dirigido pelo marechal Khalifa Haftar, escorraça grupos extremistas islamitas nos seus últimos bastiões.
Após a libertação de Sirtes (centro) das garras do Daech (Estado islâmico), a capital, Tripoli, foi palco de um clima de tensão com a retomada de confrontos armados entre milícias.
O anúncio da criação de uma guarda nacional sob a tutela do Governo de Salvação (Governo paralelo), que retomou a sua atividades ultimamente em Tripoli, aumentou o clima de tensão na cidade capital líbia.
-0- PANA BY/TBM/SOC/DD 17fev2017