Agência Panafricana de Notícias

ONU quer cessação imediata de hostilidades no Sul-Sudão

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, lançou um apelo quinta-feira para a cessação imediata de combates em Kordofan, no Sul-Sudão, que causaram a morte de numerosos civis e a deslocação de dezenas de milhares de pessoas.

Num comunicado divulgado em Nova Iorque, Ki-moon afirma que esta situação ameaça diretamente o pessoal onusino, manifestando a sua viva preocupação face à degradação da siatuação de segurança e à escalada dos combates nesta região.

O SG da ONU sublinhou que esta zona foi palco, neste mês, de confrontos entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e o Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA) do Sul-Sudão.

"Bombardeamentos com armas pesadas por aparelhos sudaneses foram assinalados na semana passada sobre bairros limítrofes da capital do Sul-Kordofan, Kadugli, e de outras cidades", sublinha o comunicado.

"Alguns deslocados internos bem como o pessoal das Organizações Não Governamentais (ONG) locais e internacionais e das Nações Unidas refugiaram-se n recinto da Missão de Manutenção da Paz das Nações Unidas (UNMIS) no subúrbio de Kadugli", acrescenta o texto.

"O Secretário-Geral convida as partes beligerentes a pararem imediatamente com todas as hostilidades e permitirem um acesso aéreo e terrestre sem condição à UNMIS e a agências humanitárias a todos os lugares do Sul-Kordofan a fim de que possam oferecer uma assistência essencial à população afetada e garantir a segurança do pessoal onusino", prossegue o comunicado.

Ban Ki-moon congratulou-se, todavia, com os esforços do Painel de Alto Nível da União Africana para ajudar as partes a resolverem as suas divergências por meios pacíficos, encorajando-as ao mesmo tempo a concluirem um acordo o mais rápido possível.

A Secretária-Geral adjunta encarregue dos Assuntos Humanitários, Valerie Amos, declarou-se "extremamente alarmada" pelo aumento da violência e pelo fato de que os civis são cada vez mais considerados como alvos.

"As organizações humanitárias ajudam quando podem, mas as suas capacidades para secorrer os que disto mais precisam estão seriamente comprometidas pela insegurança e pela inaccessibilidade de algumas zonas», disse ela num comunicado.

"É necessária uma liberdade de circulação imediata e sem condição para as organizações humanitárias para proteger e assistir os que mais precisam de socorro", acrescenta Amos.

Ela convidou igualmente as partes em conflito a absterem-se de tomar como alvo os civis e utilizar táticas sem discernimento, e a respeitarem e protegerem os civis, conforme o direito humanitário internacional.

-0- PANA AA/VAO/FJG/AAS/IBA/CJB/DD 16junho2011