ONU preocupada com violação do embargo de armas contra Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) - A secretária-geral adjunta e alta representante das Nações Unidas para os Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu, manifestou a preocupação da ONU face ao prosseguimento do fluxo de armas, incluindo por via marítima, para a Líbia, em violação do embargo de arma imposto a este país da África do Norte.
A Líbia é objeto de um embargo de armas imposto em 2011 pelo Conselho de Segurança mas que é regularmente violado, um fenómeno que aumentou após a ofensiva militar contra a capital, Tripoli, iniciada a 4 de abril último.
Apesar das recomendações da Conferência de Berlim sobre a Líbia, apelando às cinco potências membros do Conselho de Segurança e às potências regionais, para respeitar o cessar-fogo, a ONU constatou o prosseguimento do fluxo de armas para o país.
Entre as zonas expostas ao grave impacto dos fluxos de armas ilícitas, ligados ao extremismo violento, Nakamitsu distinguiu “todas as partes da região do Sahel e algumas partes da África Central”, segundo um comunicado da ONU publicado segunda-feira.
Ela acrescentou que "existem quase um bilião de armas ligeiras que circulam no Mundo e são utilizadas em violência mortífera, quer em condições de conflito ou de não conflito”, e que essa situação está espalhado por todas as regiões das Américas, de África e do sul da Europa.
Nakamitsu sublinhou que « o fluxo contínuo de armas e de munições alimenta o conflito no sul do Sudão, afeta a segurança do pessoal das Nações Unidas e mina a sua capacidade de reunir as condições do seu mandato para fazer aplicar uma operação de manutenção da paz no país”.
Ela sublinhou que « a acumulação, a transferência e a utilização ilícitas de armas ligeiras e de pequeno calibre continuam a alimentar, a perpetuar e a exacerbar os conflitos armados e a criminalidade em várias regiões do mundo, em particular em África.
-0- PANA BY/BEH/FK/IZ 10fev2020