PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU preocupada com escalada de violência em Moçambique
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-moon, exprimiu quinta-feira a sua preocupação pela escalada da violência em Moçambique entre as forças governamentais e a opositora Resistência Nacional de Moçambique (Renamo).
Ban ki-moon exortou num comunicado todas as partes a abster-se de qualquer ato suscetível de constituir uma ameaça contra a paz e a estabilidade que prevaleceram neste país durante os últimos 21 anos, desde os Acordos globais de paz assinados em 1992 em Roma.
Ele exortou-os a encetar um diálogo inclusivo para resolver os seus diferendos no quadro de uma ordem democrática estabelecida e assegurar-se de que o país continua na via da inclusão social e do desenvolvimento sustentável para todos.
Pouco depois da sua ascensão à independência em 1975, Moçambique foi mergulhado numa longa guerra civil que opôs a Renamo ao Governo dirigido pelo partido da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
Depois de dois anos de negociações em Roma (Itália), as duas partes concluíram, a 4 de outubro de 1992, um Acordo Global de Paz.
No quadro desse Acordo, o Conselho de Segurança da ONU instalou uma operação das Nações Unidas em Moçambique (conhecida sob o acrónimo português de ONUMOZ) para supervisionar e apoiar o cessar-fogo, a desmobilização das forças e a organização de eleições nacionais.
O mandato da ONUMOZ terminou em dezembro de 1994, pouco depois das primeiras eleições neste país da África Austral.
Os últimos incidentes de violência em Moçambique foram igualmente censurados pela União Africana (UA), que exprimiu a sua rejeição à qualquer tentativa de "sabotar" a estabilidade e os ganhos económicos já alcançados neste país da África Austral.
Numa nota distribuída à imprensa, a UA disse que acompanhava "de perto" os acontecimentos em Moçambique depois do anúncio da retirada da Renamo do Acordo de Paz de 1992, ao que se seguiram confrontos com as forças governamentais, nomeadamente na província central de Sofala, onde a Renamo atacou o Comando da Polícia de Maringue.
O documento assinado pela presidente da Comissão da UA, a diplomata sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma, considera imperioso que todas as partes interessadas ajam com espírito de moderação e diálogo, para que Moçambique continue o seu esforço notável de desenvolvimento e crescimento.
"É igualmente imperioso que o país continue a consolidar as suas instituições democráticas, incluindo através da realização pacífica das eleições autárquicas previstas para novembro de 2013", declarou Dlamini-Zuma, saudando ao mesmo tempo o compromisso do Governo moçambicano a favor do diálogo.
O ataque ao Comando da Polícia de Maringue seguiu-se à tomada pelas Forças Armadas moçambicanas da vila de Satungira, no distrito de Goronogosa (Sofala), até então considerada como a principal base da Renamo e onde vivia o seu líder, Afonso Dhlakama, há quase um ano.
A ocupação de Satungira, que não causou mortos nem feridos, foi apresentada pelas autoridades governamentais como resposta a uma “provocação", referindo-se a um ataque anterior levado a cabo poucas horas antes contra as forças militares que se encontravam nas imediações do local onde vivia Dhlakama.
"Era preciso parar as pessoas que atacaram. As Forças de Defesa e Segurança perseguiram os homens da Renamo até ao local de onde tinham saído, neste caso, onde se localizava o senhor Afonso Dhlakama”, declarou à imprensa um porta-voz do Ministério da Defesa.
A Renamo converteu-se de grupo rebelde em partido político por força do Acordo de Paz de 1992, assinado com a Frelimo, atual partido no poder liderado pelo Presidente Armando Guebuza.
-0- PANA AA/VAO/ASA/TBM/SOC/MAR/IZ 25out2013
Ban ki-moon exortou num comunicado todas as partes a abster-se de qualquer ato suscetível de constituir uma ameaça contra a paz e a estabilidade que prevaleceram neste país durante os últimos 21 anos, desde os Acordos globais de paz assinados em 1992 em Roma.
Ele exortou-os a encetar um diálogo inclusivo para resolver os seus diferendos no quadro de uma ordem democrática estabelecida e assegurar-se de que o país continua na via da inclusão social e do desenvolvimento sustentável para todos.
Pouco depois da sua ascensão à independência em 1975, Moçambique foi mergulhado numa longa guerra civil que opôs a Renamo ao Governo dirigido pelo partido da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
Depois de dois anos de negociações em Roma (Itália), as duas partes concluíram, a 4 de outubro de 1992, um Acordo Global de Paz.
No quadro desse Acordo, o Conselho de Segurança da ONU instalou uma operação das Nações Unidas em Moçambique (conhecida sob o acrónimo português de ONUMOZ) para supervisionar e apoiar o cessar-fogo, a desmobilização das forças e a organização de eleições nacionais.
O mandato da ONUMOZ terminou em dezembro de 1994, pouco depois das primeiras eleições neste país da África Austral.
Os últimos incidentes de violência em Moçambique foram igualmente censurados pela União Africana (UA), que exprimiu a sua rejeição à qualquer tentativa de "sabotar" a estabilidade e os ganhos económicos já alcançados neste país da África Austral.
Numa nota distribuída à imprensa, a UA disse que acompanhava "de perto" os acontecimentos em Moçambique depois do anúncio da retirada da Renamo do Acordo de Paz de 1992, ao que se seguiram confrontos com as forças governamentais, nomeadamente na província central de Sofala, onde a Renamo atacou o Comando da Polícia de Maringue.
O documento assinado pela presidente da Comissão da UA, a diplomata sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma, considera imperioso que todas as partes interessadas ajam com espírito de moderação e diálogo, para que Moçambique continue o seu esforço notável de desenvolvimento e crescimento.
"É igualmente imperioso que o país continue a consolidar as suas instituições democráticas, incluindo através da realização pacífica das eleições autárquicas previstas para novembro de 2013", declarou Dlamini-Zuma, saudando ao mesmo tempo o compromisso do Governo moçambicano a favor do diálogo.
O ataque ao Comando da Polícia de Maringue seguiu-se à tomada pelas Forças Armadas moçambicanas da vila de Satungira, no distrito de Goronogosa (Sofala), até então considerada como a principal base da Renamo e onde vivia o seu líder, Afonso Dhlakama, há quase um ano.
A ocupação de Satungira, que não causou mortos nem feridos, foi apresentada pelas autoridades governamentais como resposta a uma “provocação", referindo-se a um ataque anterior levado a cabo poucas horas antes contra as forças militares que se encontravam nas imediações do local onde vivia Dhlakama.
"Era preciso parar as pessoas que atacaram. As Forças de Defesa e Segurança perseguiram os homens da Renamo até ao local de onde tinham saído, neste caso, onde se localizava o senhor Afonso Dhlakama”, declarou à imprensa um porta-voz do Ministério da Defesa.
A Renamo converteu-se de grupo rebelde em partido político por força do Acordo de Paz de 1992, assinado com a Frelimo, atual partido no poder liderado pelo Presidente Armando Guebuza.
-0- PANA AA/VAO/ASA/TBM/SOC/MAR/IZ 25out2013