ONU preocupada com entrada de armas na Líbia
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, declarou-se “profundamente preocupado” com informações segundo as quais armas continuam a entrar na Líbia, num clima de confrontos pelo controlo de Tripoli.
Estes confrontos, segundo informações, são fomentados pela introdução de armas por várias vias, incluindo pelo mar, exclamou-se o SG da ONU, quando apresentava ao Conselho de Segurança um relatório sobre a operação “Sofia” lançada pela União Europeia (UE) para controlar os navios ao largo das costas líbias, a fim de garantir o respeito pelo embargo sobre as armas destinadas à Líbia, assinala-se.
A operação "Sofia" foi lançada com base numa resolução do Conselho de Segurança, tomada em 2016.
As autoridades dos portos e das alfândegas líbios, formadas pela UE, confiscaram, em fevereiro último, vários carros blindados no porto de Misratah (220 quilómetros a leste de Trípoli) e em janeiro de 2019 no porto de Khumus (120 quilómetros a leste da mesma cidade), lembre-se.
Várias informações dão conta, nos últimos anos, da entrada de armas destinadas aos beligerantes líbios na Líbia, apesar do embargo decretado pelas Nações Unidas sobre as armas, relativamente a este conturbado país.
No mesmo sentido, o porta-voz do Exército Nacional líbio, o general Ahmed Mismeri, anunciou segunda-feira que armas iranianas e drones turcos acabavam de chegar às mãos de milícias armadas de Trípoli.
Numa entrevista à cadeia árabe "Sky News", o general Mismeri acrescentou que a utilização de algumas técnicas necessitam dum longa formação, o que, a seu ver, prova que estrangeiros supervisionam a introdução de drones na Líbia num prazo de 48 horas.
Afirmou que a Turquia participa diretamente nos confrontos.
O procurador-geral líbio, Sadik Sour, ordenou, no início de maio corrente, o confisco dum navio iraniano no porto de Misratah, depois de obter provas de que este consta da lista de sanções norte-americanas.
Os confrontos entre o Governo de União Nacional de Fayez Sarraj, reconhecido pela comunidade internacional, e o autoproclamado Exército Nacional líbio sob o comando do marechal Khalifa Haftar fizeram 454 mortos, dois mil 154 feridos e 60 mil deslocados, assinala-se.
-0- PANA YY/IN/JSG/FK/DD 14maio2019