Agência Panafricana de Notícias

ONU preocupada com ataques crescentes contra escolas e hospitais em zonas de conflito no mundo

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, reiterou sexta-feira a sua preocupação diante do número crescente de ataques contra escolas e hospitaism bem como ameaças para as crianças nos conflitos armados no mundo.

Falando durante um debate organizado conjuntamente por Radhika Coomaraswamy, representante especial de Ban Ki-moon para as Crianças e Conflitos Armados, e pelo embaixador da Alemanha na ONU, Peter Wittig, Ele afirmou que a ONU tem a intenção de tomar medidas direcionadas contra os que cometem tais crimes.

"Para além da denúncia pública, temos um instrumento suplementar que poderemos usar para preservar escolas e hospitais nos países em conflito", disse o SG da ONU.

O debate decorreu antes duma discussão geral sobre estes males no Conselho de Segurança (CS) da ONU que deve intervir durante este mês.

O SG da ONU disse igualmente que "as ameaças de sanções direcionadas contra os teimosos, nomeadamente atores não-estatais, são credíveis e eficientes".

Ele afirmou que a proteção das escolas e dos hospitais está no centro das disposições da ONU destinadas a proteger os menores dos que procuram privá-los da educação e de cuidados de saúde.

"Estejamos determinados a manter a pressão sobre todos os que violam os direitos das crianças nos conflitos, recrutando-as para serem soldados ou ameaçando escolas e hospitais'', frisou.

Ban Ki-moon saudou todavia os esforços para negociar uma resolução do CS da ONU que acrescentará ataques contra estas inf4raestruturas aos critérios de inscrição nos relatórios anuais sobre as crianças e os conflitos armados.

Ele ressaltou que as iniciativas tomadas pela ONU, pelos Governos, pela sociedade civil e por Organizações Não Governamentais (ONG) sobre as violações anteriores repertoriadas, tais como o recrutamento e a utilização das crianças nos conflitos, deram resultados positivos.

"Estes esforços e o conceito de plano de ação enunciado na resolução 1539 do Conselho de Segurança e as resoluções ulteirores levaram à assinatura de 15 planos de ação cobrindo nove arenas de conflito'', sublinhou.

No quadro da resolução, as partes citadas nos relatórios do Secretário-Geral sobre as crianças e os conflitos armados têm a obrigação de preparar planos de ação concretos calendarizados para pôr termo ao recrutamento e à utilização das crianças.

Ban Ki-moon felicitou igualmente o Tchad por ter decidido separar-se de todas as crianças associadas às suas forças de segurança.

Segundo ele, "assim que o plano de ação do Tchad for implementado, o país vai ser retirado da lista da vergonha''.

"Exorto os Governos da República Democrática do Congo (RDC), de Myanmar e do Sudão, bem como o Governo Federal de Transição (GFT) da Somália, a fazerem o mesmo", acrescentou o SG da ONU.

-0- PANA AA/VAO/AKA/TBM/IBA/CJB/DD 01jul2011