ONU inquieta com deslocações contínuas de pessoas no Sudão
Genebra, Suíça (PANA) - O Escritório da Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) exprimiu a sua “profunda inquietude” face a deslocações contínuas de pessoas no Sudão, devido ao atual conflito armado que leva milhares delas a refugiarem-se nos países vizinhos, soube a PANA de fonte oficial.
Só durante a primeira semana de outubro, perto de 25.000 pessoas fugiram para o leste do Tchad, o que representa um afluxo semanal mais importante do ano de 2024, informou o OCHA, acrescentando que o mesmo país acolhe doravante mais de 600.000 refugiados sudaneses, ou seja, mais do que qualquer outro país da região.
No início do conflito, há 18 meses, perto de 3.000.000 refugiados saíram do Sudão para irem buscar um refúgio na República Centro-Africana, no Egito, na Líbia, no Sudão do Sul e no Uganda, segundo a mesma fonte.
No Sudão mesmo, a Organização Internacional para a Migração (OIM) asssinala que aproximadamente 40.000 indivíduos se moveram só no decurso da primeira quinzena de outubro.
O total de pessoas movediças no interior do país eleva-se doravante a cerca de 8.200.000, segundo a UN News (órgão de comunicação das Nações Unidas).
Com o fim das chuvas, organizações humanitárias precipitam-se para canalizar víveres para zonas mais afetadas.
O OCHA apela a todas as partes para cessarem os combates, protegerem os civis e facilitarem o acesso à ajuda humanitária.
Frisou que, no Tchad, o Centro de Saúde de Birak está completamente cheio de refugiados e que a falta de fundos afrouxa a prestação de serviços essenciais.
Paralelamente, a epidemia de cólera continua a agravar-se com mais de 24.000 casos assinalados e 700 falecimentos desde meiados de julho último.
Por sua vez, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) mobilizou-se para relocalizar os refugiados e vaciná-los em grande escala, mesmo se persistem limitações em termos de financiamentos.
-0- PANA MA/BAI/JSG.SOC/DD 17out2024