PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU impõe sanções contra Eritreia
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs quarta-feira um embargo militar contra a Eritreia, bloqueou os haveres e proibiu de viagem os seus líderes devido ao seu apoio aos opositores do Governo somalí e às suas incursões no Djibuti.
Num comunicado divulgado em Addis Abeba, o Conselho afirma que esta resolução foi aprovada apesar da abstenção da China e da oposição da Líbia, país cujo líder, Muamar Kadafi, assume a presidência em exercício da União Africana (UA).
As autoridades eritreias apressaram-se a denunciar esta resolução e o seu embaixador junto das Nações Unidas, Araya Desta, qualificou as sanções de "vergonhosas", declarando que elas eram baseadas em "mentiras fabricadas pelo regime etíope e pela administração norte-americana".
Ele refutou que o seu país, independente da Etiópia desde 1993, concede apoio financeiro aos opositores do Governo somalí.
O embaixador somalí na ONU, Elmi Ahmed Duale, declarou que o seu Governo apoiava totalmente a resolução do Conselho de Segurança, defendendo que a Eritreia é "um factor negativo importante" no conflito somalí.
Ele qualificou as sanções contra a Eritreia de "medidas muito positivas" para resolver a insegurança no Corno de África", esperando de que a Eritreia seja "persuadida".
Duale afirmou igualmente que nada justificava as "acções deste país (Eritreia) contra o Djibuti e as suas inúmeras actividades hostis contra a Somália", incluindo o asilo concedido a vários "terroristas revelados" e a autorização de expedição de armas e de recursos aos grupos extremistas.
A resolução proíbe a venda e a aquisição de armas à Eritreia, fornecedora conhecida dos opositores ao Governo somalí, dos quais o grupo islâmico Al-Shabaab.
Ele prevê igualmente um bloqueio dos bens e restringe deslocações dos que violam os termos do embargo e impedem a resolução do conflito fronteiriço com o Djibuti.
Esta medida afecta igualmente os líderes políticos e militares somalís que figuram numa lista negra do Conselho de Segurança da ONU, órgão que insta os países membros a inspeccionar as cargas aéreas e marítimas suspeitas "com destino ou proveniente da Somália e da Eritreia".
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, declarou que o Conselho "não agiu com precipitação nem com espírito agressivo", mas para estabelecer um diálogo construtivo com o Governo eritreu.
Segundo Rice, os membros do Conselho de Segurança instaram constantemente a Eritreia "a cessar as suas acções de desestabilização contra a Somália" e a resolver "de maneira pacífica" o seu conflito fronteiriço com o Djibuti.
"Não consideramos que é uma porta que se fecha sobre a Eritreia.
Pelo contrário, achamos que se trata duma outra oportunidade para a Eritreia de desempenhar um papel mais responsável e construtivo na região", acrescentou.
Por sua vez, o embaixador líbio, Ibrahim Dabbash, disse que a adopção da resolução foi "muito rápida" e fez-se "dum ponto de vista irrealista".
A União Africana (UA) e a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento da África Oriental (AIGAD) reclamavam por sanções da ONU contra a Eritreia pelo seu apoio aos rebeldes somalís.
Num comunicado divulgado em Addis Abeba, o Conselho afirma que esta resolução foi aprovada apesar da abstenção da China e da oposição da Líbia, país cujo líder, Muamar Kadafi, assume a presidência em exercício da União Africana (UA).
As autoridades eritreias apressaram-se a denunciar esta resolução e o seu embaixador junto das Nações Unidas, Araya Desta, qualificou as sanções de "vergonhosas", declarando que elas eram baseadas em "mentiras fabricadas pelo regime etíope e pela administração norte-americana".
Ele refutou que o seu país, independente da Etiópia desde 1993, concede apoio financeiro aos opositores do Governo somalí.
O embaixador somalí na ONU, Elmi Ahmed Duale, declarou que o seu Governo apoiava totalmente a resolução do Conselho de Segurança, defendendo que a Eritreia é "um factor negativo importante" no conflito somalí.
Ele qualificou as sanções contra a Eritreia de "medidas muito positivas" para resolver a insegurança no Corno de África", esperando de que a Eritreia seja "persuadida".
Duale afirmou igualmente que nada justificava as "acções deste país (Eritreia) contra o Djibuti e as suas inúmeras actividades hostis contra a Somália", incluindo o asilo concedido a vários "terroristas revelados" e a autorização de expedição de armas e de recursos aos grupos extremistas.
A resolução proíbe a venda e a aquisição de armas à Eritreia, fornecedora conhecida dos opositores ao Governo somalí, dos quais o grupo islâmico Al-Shabaab.
Ele prevê igualmente um bloqueio dos bens e restringe deslocações dos que violam os termos do embargo e impedem a resolução do conflito fronteiriço com o Djibuti.
Esta medida afecta igualmente os líderes políticos e militares somalís que figuram numa lista negra do Conselho de Segurança da ONU, órgão que insta os países membros a inspeccionar as cargas aéreas e marítimas suspeitas "com destino ou proveniente da Somália e da Eritreia".
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, declarou que o Conselho "não agiu com precipitação nem com espírito agressivo", mas para estabelecer um diálogo construtivo com o Governo eritreu.
Segundo Rice, os membros do Conselho de Segurança instaram constantemente a Eritreia "a cessar as suas acções de desestabilização contra a Somália" e a resolver "de maneira pacífica" o seu conflito fronteiriço com o Djibuti.
"Não consideramos que é uma porta que se fecha sobre a Eritreia.
Pelo contrário, achamos que se trata duma outra oportunidade para a Eritreia de desempenhar um papel mais responsável e construtivo na região", acrescentou.
Por sua vez, o embaixador líbio, Ibrahim Dabbash, disse que a adopção da resolução foi "muito rápida" e fez-se "dum ponto de vista irrealista".
A União Africana (UA) e a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento da África Oriental (AIGAD) reclamavam por sanções da ONU contra a Eritreia pelo seu apoio aos rebeldes somalís.