ONU felicita Guiné-Bissau pelo sucesso de legislativas de março último
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – A Sub-Secretária-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para operações de manutenção da paz na África Ocidental, Bintou Keita, felicita a Guiné-Bissau pela “boa organização das eleições legislativas de 10 de março (último)”, apesar de alguns atrasos devidos a confrontos políticos.
"O processo eleitoral decorre num clima de desconfiança entre diferentes atores, o que deve ser corrigido para se garantir um processo pacífico e consensual”, indignou-se Bintou Keita quando apresentava um último relatório ao Secretário-Geral sobre os progressos em matéria de estabilização e o regresso da ordem constitucional à Guiné-Bissau, perante o Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque.
Acrescentou no entanto que o Governo fez progressos em matéria de paridade, nomeadamente a nomeação de jovens altamente qualificados no novo Governo, a adoção dum plano de emergência para os setores da educação, da saúde, de infraestruturas e da função pública.
Encorajou por outro lado doadores internacionais a darem prova de generosidade, ajudando na organização de eleições presidenciais previstas para 24 de novembro próximo.
As Nações Unidas trabalham estreitamente com as autoridades e organizações eleitorais para adotarem e concluírem o orçamento, estimado ultimamente a cinco milhões e 300 mil dólares americanos, deu a conhecer.
"O tempo passa rápido", alertou Bintou Keita, sublinhando que as contribuições internacionais serão essenciais para garantirem a boa organização das eleições cruciais.
"Devemos tudo fazer para garantirmos a organização, conforme os prazos, de eleições presidenciais inclusivas, credíveis e pacíficas”, indicou Keita.
Considerou que o Governo e a comunidade internacional devem respeitar os seus engajamentos para disponibilizarem os recursos necessários à organização destas eleições.
Desde a formação do novo Governo bissau-guineense em julho último, a vida política foi dominada pelos preparativos das eleições presidenciais, frisou Bintou Keita.
A cerca de 75 dias do escrutínio presidencial, o processo político continua marcado por questões de legitimidade, sublinhou Bintou Keita, segundo um comunicado onusino.
As eleições pacíficas de março último seguiram-se a uma crise política que abalava o país desde 2015, depois de o Presidente da República, José Mario Vaz, ter demitido o então Governo do primeiro-ministro, Domingos Simões Perreira, nomeado em 2014.
-0- PANA MA/NFB/JSG/MAR/DD 11set2019