ONU exige libertação de manifestantes detidos ilegalmente na RDC

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A Representação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (HCDH) exprimiu preocupações relativas à detenção de pelo menos 300 pessoas, algumas das quais durante mais de três semanas e sem acesso a um advogado, devido a recentes manifestações na República Democrática do Congo (RDC).

A porta-voz da ONU para os Direitos Humanos, Shamdanani, declarou sexta-feira à noite que detenções em massa ocorreram quando as manifestações eclodiram na capital, Kinshasa, e em Lubumbashi, a segunda cidade da RDC, no extremo sudeste do país.

« Entre os detidos figura um eminente representante da sociedade civil, Christopher Ngoyi Mutamba, de membros da família e advogados da defesa não tiveram as suas notícias há mais de duas semanas », declarou a responsável onusina.

Anunciou que a Representação Comum da ONU para os Direitos Humanos na RDC está a trabalhar com as autoridades locais para obterem a libertação de todos os detidos ilegalmente, há três semanas e sem acesso a advogados.

Declarou igualmente que a Representação das Nações Unidas para os Direitos Humanos reiterou o seu apelo às autoridades para libertarem todas as pessoas detidas por exercerem os seus direitos de reunião pacífica, de expressão dos seus pontos de vista, pela sua filiação na oposição ou por discordarem de emendas à lei eleitoral.

Segundo ela, os serviços Internet e mensagens sms móveis estão igualmente restritos há mais de duas semanas, provocando assim grandes perturbações, particularmente às comunidades vulneráveis.

« Exortamos o Governo da RDC a restabelecer prontamente estes serviços e criar um espaço de discussões para a sociedade civil, a fim de evitar o enraizamento das divisões no país na véspera das eleições », sublinhou a porta-voz da ONU para os Direitos Humanos.

-0- PANA AA/VAO/MTA/IS/SOC/FK/DD 09fev2015