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ONU envia equipas de reconhecimento à África Ocidental para resposta a vírus do Ébola

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Equipas de reconhecimento da Missão das Nações Unidas para Resposta de Emergência contra o Ébola (UNIMEER) chegaram segunda-feira a Accra, no Gana, para instalar o seu quartel-general com vista à operação, confirmou a ONU.
num comunicado transmitido à PANA em Nova Iorque.

As equipas de reconhecimento da primeira missão da ONU que vai fazer face à crise de saúde pública chegaram à Libéria, um dos países mais duramente afetados pela epidemia com a Guiné Conakry e a Serra Leoa, segundo o comunicado.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, anunciou no comunicado que as Nações Unidas criaram o Fundo Multidimensional de Resposta ao Ebola para garantir um sistema coerente de contribuição das Nações Unidas para a resposta global.

Ele indicou que o Fundo solicita contribuições dos Estados-membros, dos órgãos legislativos regionais, das inter-organizações governamenrais ou não governamentais, das empresas e dos particulares.

Os doadores podem igualmente decidir dar as suas contribuições diretamente aos organismos das Nações Unidas, acrescentou.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou segunda-feira na sua última atualização sobre o Ébola que cinco mil e 843 casos, incluindo dois mil e 803 mortes, foram registados na sequência da epidemia atual pelos Ministérios da Saúde da Guiné Conakry, da Libéria e da Serra Leoa.

« A exposição dos trabalhadores da saúde continua a constituir o facto alarmante desta epidemia », declarou a OMS, notando que dois países, a Nigéria e o Senegal, registaram um ou vários casos importados dum país muito afetado onde a transmissão é ampla e intensa.

A Nigéria conta 20 casos, incluindo oito mortes, e o Senegal, um caso mas nenhum falecimento foi registado.

Em Genebra, na Suíça, um comité de emergência da OMS sobre a epidemia do Ébola em 2014 na África Ocidental terminou a sua segunda reunião e « reafirmou » que não deveria haver restrição geral de viagem ou de comércio internacional.

« As medidas suplementares ou extraordinárias como o isolamento são consideradas necessárias nos Estados com transmissão intensa e generalizada e os Estados deveriam velar por que sejam proporcionadas e baseadas em provas que informações precisas, serviços essenciais, incluindo alimentos e água, sejam distribuídos às populações afetadas », indicou a OMS.

Ela sublinhou igualmente que as anulações de voo, entre outras restrições de viagem, continuam a isolar os países afetados, o que provoca consequências económicas nefastas e entrava os socorros e os esforços de intervenção.

Cerca de seis meses depois da informação do primeiro caso do vírus do Ébola na África Ocidental à OMS, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança da ONU aprovaram, na semana passada, a Missão das Nações Unidas de Emergência contra o Ébola com vista a conter a epidemia em curso.

-0- PANA AA/AR/ASA/IS/SOC/MAR/TON 23set2014