PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU duvida de estratégia ocidental na Somália
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O enviado especial das Nações Unidas na Somália, Ahmed Ould Abdallah, emitiu terça-feira em Addis-Abeba, a capital etíope, dúvidas sobre a estratégia ocidental na Somália, afirmando que a prioridade devia ser o apoio firme ao Governo Federal de Transição (GFT).
Várias potências ocidentais, das quais os Estados Unidos, França, a Bélgica e a Espanha, desdobraram unidades da Marinha ao largo das costas somalís a fim de lutar contra a aumento da pirataria.
"A prioridade na Somália deveria ser apoiar a estabilidade na terra firme ao sustentar os esforços do Governo Federal de Transição", argumentou o enviado especial das Nações Unidas em entrevista à PANA à margem da XIV Cimeira da União Africana (31 de Janeiro a 2 de Fevereiro).
"Se o Governo for apoiado, a estabilidade voltará e não se falará de pirataria.
Este é apenas o sintoma da desintegração do Estado somalí", acrescentou o diplomata onusino.
Ele criticou, por outro lado, as hesitações da comunidade internacional em respeitar as promessas de 213 milhões de dólares americanos feitas durante a Conferência de Bruxelas sobre a Somália, realizada a 23 de Abril de 2009.
"Enquanto medianeiro principal, peço que se apoie firmemente o Governo de Transição não com palavras mas através de meios financeiros consideráveis.
É aí onde existe problema", deplorou o ex-chefe da Representação da ONU para a África Ocidental em Dakar (Senegal).
"Os fundos prometidos em Bruxelas não foram desembolsados ou receberam afectações que os tornam inacessíveis.
Não podemos impedir Estados soberanos de desdobrar a sua Marinha ao largo das costas somalís, mas dizemos que isto não é contraditório com o apoio às autoridades de transição", disse Ould Abdallah.
Cerca de cinco mil 200 soldados burundeses e ugandeses foram enviados à Somália no quadro da Missão Africana de Paz (AMISOM) que protege as instituições do GFT dirigido pelo Presidente Sharif Sheikh Ahmed Sharif.
Enquanto novos contingentes são esperados para atingir o efectivo de oito mil soldados fixado pela UA, a AMISOM continua a ser obstruída por problemas financeiros e logísticos.
Várias potências ocidentais, das quais os Estados Unidos, França, a Bélgica e a Espanha, desdobraram unidades da Marinha ao largo das costas somalís a fim de lutar contra a aumento da pirataria.
"A prioridade na Somália deveria ser apoiar a estabilidade na terra firme ao sustentar os esforços do Governo Federal de Transição", argumentou o enviado especial das Nações Unidas em entrevista à PANA à margem da XIV Cimeira da União Africana (31 de Janeiro a 2 de Fevereiro).
"Se o Governo for apoiado, a estabilidade voltará e não se falará de pirataria.
Este é apenas o sintoma da desintegração do Estado somalí", acrescentou o diplomata onusino.
Ele criticou, por outro lado, as hesitações da comunidade internacional em respeitar as promessas de 213 milhões de dólares americanos feitas durante a Conferência de Bruxelas sobre a Somália, realizada a 23 de Abril de 2009.
"Enquanto medianeiro principal, peço que se apoie firmemente o Governo de Transição não com palavras mas através de meios financeiros consideráveis.
É aí onde existe problema", deplorou o ex-chefe da Representação da ONU para a África Ocidental em Dakar (Senegal).
"Os fundos prometidos em Bruxelas não foram desembolsados ou receberam afectações que os tornam inacessíveis.
Não podemos impedir Estados soberanos de desdobrar a sua Marinha ao largo das costas somalís, mas dizemos que isto não é contraditório com o apoio às autoridades de transição", disse Ould Abdallah.
Cerca de cinco mil 200 soldados burundeses e ugandeses foram enviados à Somália no quadro da Missão Africana de Paz (AMISOM) que protege as instituições do GFT dirigido pelo Presidente Sharif Sheikh Ahmed Sharif.
Enquanto novos contingentes são esperados para atingir o efectivo de oito mil soldados fixado pela UA, a AMISOM continua a ser obstruída por problemas financeiros e logísticos.