PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU deve sancionar abusos sexuais de capacetes azuis, diz Amnistia Internacional
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - As Nações Unidas devem estabelecer a sua própria vigilância dos soldados da paz, com vigilantes especiais nas missões da ONU para investigar sobre as alegações de violações e abusos sexuais, defendeu quarta-feira a Amnistia Internacional (AI), na véspera da publicação das recomendações dum comité independente.
Num comunicado em Nova Iorque, a AI declara que o Comité de Exame Independente Externo sobre as Alegações de Exploração e de Abusos Sexuais na República Centroafricana (RCA) foi formado para estudar a resposta da ONU a alegações de violações sexuais em torno dum desdobramento de forças militares estrangeiras na RCA.
Ele apelou à ONU para garantir a transparência nos inquéritos e sanções e a citar e culpar os países que não conseguem disciplinar as suas tropas, incluindo a sua responsabilização penal.
« As alegações na RCA, incluindo a violação sexual contra uma rapariga de 12 anos em Bangui pelos capacetes azuis que a AI relatou, em agosto último, parecem ser a ponta do icebergue.
« Os abusos sistemáticos na manutenção da paz ameaçam minar a missão fundamental da ONU no país para proteger os civis", declarou o responsável da representação da ONU para a AI citado pelo comunicado.
Ele notou que os países fornecedores de contingentes "nunca conseguiram investigar e disciplinar as suas tropas perante alegações credíveis, o que permite a impunidade para os abusos sexuais e a violência.
"O sistema atual da ONU falhou lamentavelmente na sua responsabilidade de prevenir e punir a violência sexual por membros das missões de manutenção da paz das Nações Unidas. Por conseguinte, a ONU abandona muitas vezes as pessoas que ela deve proteger.
"É tempo de ser sérios e os países contribuintes de tropas que não conseguem impedir os abusos ou julgar os seus autores devem ser suspensos até que eles demonstrem que tomaram medidas eficazes", concluiu.
-0- PANA AA/AR/MTA/IS/FK/IZ 17dez2015
Num comunicado em Nova Iorque, a AI declara que o Comité de Exame Independente Externo sobre as Alegações de Exploração e de Abusos Sexuais na República Centroafricana (RCA) foi formado para estudar a resposta da ONU a alegações de violações sexuais em torno dum desdobramento de forças militares estrangeiras na RCA.
Ele apelou à ONU para garantir a transparência nos inquéritos e sanções e a citar e culpar os países que não conseguem disciplinar as suas tropas, incluindo a sua responsabilização penal.
« As alegações na RCA, incluindo a violação sexual contra uma rapariga de 12 anos em Bangui pelos capacetes azuis que a AI relatou, em agosto último, parecem ser a ponta do icebergue.
« Os abusos sistemáticos na manutenção da paz ameaçam minar a missão fundamental da ONU no país para proteger os civis", declarou o responsável da representação da ONU para a AI citado pelo comunicado.
Ele notou que os países fornecedores de contingentes "nunca conseguiram investigar e disciplinar as suas tropas perante alegações credíveis, o que permite a impunidade para os abusos sexuais e a violência.
"O sistema atual da ONU falhou lamentavelmente na sua responsabilidade de prevenir e punir a violência sexual por membros das missões de manutenção da paz das Nações Unidas. Por conseguinte, a ONU abandona muitas vezes as pessoas que ela deve proteger.
"É tempo de ser sérios e os países contribuintes de tropas que não conseguem impedir os abusos ou julgar os seus autores devem ser suspensos até que eles demonstrem que tomaram medidas eficazes", concluiu.
-0- PANA AA/AR/MTA/IS/FK/IZ 17dez2015