ONU deplora decisão do Mali de desacreditar seu alto funcionário
Bamako, Mali (PANA) - A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA) deplora "profundamente" a decisão das autoridades malianas de declararem "personna non grata" o seu diretor da Divisão dos Direitos Humanos, Guillaume Ngefa-Atondoko Andali, soube a PANA de fonte oficial.
Num comunicado publicado segunda-feira, a MINUSMA indica ter sido informada pelas autoridades malianas sobre a decisão de pedir a Andali, cumulativamente representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos "para se retirar do território nacional (maliano) num prazo de 48 horas."
De acordo com o documento, a missão onusina reafirma o seu compromisso de "continuar a trabalhar, com toda imparcialidade, para o cumprimento do seu mandato em matéria de promoção e proteção dos direitos humanos, que, a seu ver, constitui "uma componente importante dos esforços de estabilização do Mali."
A MINUSMA disse permanecer "dedicada a uma colaboração franca e transparente com as autoridades malianas", com vista a reunirem condiçôes mais favoráveis ao cumprimento cabal do seu mandato em apoio ao povo maliano.
Do seu lado, o Governo maliano explicou, no último fim de semana, num comunicado, que a medida de expulsão de Guillaume Ngefa Atondoko Andali se deveu a manobras desestabilizadoras e subversivas, em violação flagrante dos princípios e obrigações que devem observar os funcionários das Nações Unidas e qualquer diplomata acreditado no Mali, em conformidade com as convenções internacionais pertinentes.
O Governo da Transição no Mali reiterou a sua disponibilidade de manter o diálogo e continuar a cooperar com todos os seus parceiros.
Isso, em conformidade com três princípios de respeito pela soberania e pelas escolhas estratégicas do Mali bem como pelos interesses vitais do povo maliano nas decisões tomadas, lê-se na nota.
-0- PANA GT/JSG/FK/DD 07fev2023