ONU defende proteção de civis em zonas de combates na Líbia
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A Organização das Nações Unidas (ONU) defende a proteção dos civis nos confrontos em curso em Tripoli, de acordo com o porta-voz do Secretário-Geral da ONU, Stephane Dujarric.
Citado sexta-feira pelo Centro de Informação da ONU, Dujarric disse, durante uma conferência de imprensa, os beligerantes devem permitir a parceiros humanitários terem acesso imediato e incondicional às zonas de conflito em Trípoli.
Expressando a sua preocupação face à deterioração da situação, marcada por bombardeios anárquicos em áreas onde se encontram civis.
Anunciou que os combates já causaram, até ao momento, o deslocamento de cerca de 39 mil pessoas, com base em dados da Organização internacional para as Migrações (OIM).
Civis nas áreas de combate enfrentam cortes de eletricidade e a falta de água, na sequência da destruição das infraestruturas de base, indignou-se.
Esta situação impede pessoas de se dotarem de produtos alimentares, de medicamentos e de combustíveis, acrescentou.
Por sua vez, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, sigla em inglês) na Líbia enfatizou a necessidade de proteger civis nas zonas de combates, de acordo com o direito internacional.
Civis em certas partes de Trípoli, incluindo migrantes, refugiados, deslocados e aqueles que precisam de necessidades especiais, enfrentam desafios e ameaças crescentes, disse.
"Os ataques diretos contra civis serão tidos como crimes de guerra", advertiu o OCHA.
A Missão das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL, siglça em inglês) saudou no entanto a evacuação de 650 refugiados e migrantes dos centros de acolhimento, em Qasr Ben Ghachir, na sequência do ferimento de vários pelos combates.
Mais de três mil refugiados e migrantes ainda estão bloqueados em diferentes partes de Trípoli, deplorou o OCHA.
-0- PANA YY/IN/DIM/DD 27abril2019