ONU consternada face a massacres de civis no leste da RD Congo
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Antório Guterres, exprimiu a sua consternação face ao massacre de civis no leste da República Democrática do Congo (RDC), pedindo a autoridades competentes para julgarem os autores destas matanças.
Segundo informações, 25 camponeses morreram em ataques recentes atribuídos a milícias das Forças Democráticas Aliadas (FAD) nas aldeias de Tingwe, Mwenda e Nzenga, perto do território de Beni, na província de Kivu-Norte (leste).
Num comunicado divulgado quarta-feira pelo seu porta-voz na quarta-feira, o SG da ONU condenou veementemente a violência contra a população civil e pediu que os autores destas atrocidades fossem julgados rapidamente.
Guterres reiterou o seu apelo a um cessar-fogo global e exortou todos os grupos armados a deporem armas.
Exortou também as autoridades da RDC a tomarem medidas concretas para solucionarem as causas do conflito no leste do país.
Sublinhou igualmente a determinação da Missão de paz das Nações Unidas no país (MONUSCO, sigla em francês) a continuar a fazer o possível para garantir a proteção dos civis de acordo com o seu mandato e apoiar esforços nacionais com vista à consolidação da paz e da estabilidade no país.
Com a dimensão da Europa Ocidental e rica em recursos naturais, a RDC está a braços com a violência e insegurança, há anos, de que resultam uma pobreza e uma fome generalizadas.
O país está també sujeito a frequentes epidemias de doenças mortais, incluindo a do vírus Ébola, e atual pandemia do coronavírus (covid-19).
A ONU sublinhou que a situação no leste confolês, especialmente nas províncias de Kivu-Norte e Sul, e Ituri (leste), é muito instável, com confrontos entre grupos armados pelo controlo do território e dos recursos naturais.
Civis sofreram as consequências deste conflito, tendo milhares deles perdido suas vidas nos últimos anos.
A milícia das Forças Democráticas Aliadas (ADF), um dos numerosos grupos armados da região, impera lá desde a década de 1990.
A mesma já realizou vários ataques contra as forças de segurança e a MONUSCO, nomeadamente um em dezembro de 2017 responsável pela morte de 15 soldados da paz da Tanzânia, além de 44 outros feridos.
-0- PANA MA/AR/BAI/IS/MAR/DD 07janeiro2021