PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU considera Ébola maior ameaça para Libéria desde fim de seu conflito político
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – A Libéria está confrontada com a maior ameaça desde o fim dos seus anos de conflito político (em 2006), designadamente a epidemia de Ébola que já no seu território pelo menos mil e 200 mortos.
Estas declarações foram feitas terça-feira em Nova Iorque pela representante especial das Nações Unidas na Libéria, Karin Landgren quando apresentava um relatório ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o impacto da epidemia de Ébola registada na África Ocidental.
« A velocidade e a amplitude das perdas de vidas humanas bem como as repercussões económicas, sociais, políticas e de segurança da crise do Ébola afetam profundamente a Libéria », declarou Karen.
Considerou implacável a sua propagação ilustrando-a com pelo menos dois mil e 70 casos recenseados, dos quais 160 trabalhadores de sáude.
Declarou que a maioria do pessoal de saúde medicavam doentes sem equipamentos de proteção adequados, nem formação e muito menos pagamento.
Acrescentou que "os ritos fúnebres locais que consistem em tocar e manipular os mortos, bem como uma tradição de assistir os parentes e amigos doentes, favoreceram ainda a propagação do vírus".
Cumulativamente chefe da Missão da ONU na Libéria (UNMIL), Landgren prometeu todo o apoio da sua missão para conter « este flagelo ».
A seu ver, uma riposta bem-sucedida ao Ébola vai necessitar « duma governação firme já que a falta de confiança na capacidade do Governo para resolver esta crise contribuiu para uma dinâmica política flácida no país ».
« A tarefa enorme da luta contra o vírus de Ébola revelou fraquezas institucionais profundas e persistentes, incluindo no setor de segurança. Enquanto a procura se intensifica, a Polícia tem enormes dificuldades em preparar e realizar operações em grande escala”, indicou a emissária onusina.
Afirmou que, devido à forte taxa de desemprego e sub-emprego, o Ébola aumentou a precariedade económica da Libéria que precisa de « duma mobilização internacional de apoios» para a ajudar.
Ela frisou que a ONU advogou, ao mais alto nível, para se evitar o isolamento da Libéria e dos países vizinhos afetados pela epidemia.
Landgren disse que a sua missão está a procurar apoios para intervenientes internacionais de primeira linha e a comunidade diplomática para lhes permitir permanecerem e operarem na Libéria.
Por sua vez, o presidente da Configuração Libéria da Comissão da Consolidação da Paz da ONU, Marten Grunditz, indicou que fosse muito cedo demais para predizer as necessidades reais nos próximos meses, um apoio bem coordenado da comunidade internacional e da cooperação regional seria essencial.
Sublinhou que, apesar dos progressos consideráveis notados nos últimos 10 anos, a Libéria continua a ser um país frágil em transição pós-conflito.
« É evidente que um apoio internacional intenso será necessário para garantir a manutenção das conquistas importantes em matéria de desenvolvimento e estabilidade e para que a Libéria continue na via duma prosperidade e duma paz a longo prazo », explicou Grunditz.
-0- PANA AA/SEG/FJG/BEH/FK/DD 11set2014
Estas declarações foram feitas terça-feira em Nova Iorque pela representante especial das Nações Unidas na Libéria, Karin Landgren quando apresentava um relatório ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o impacto da epidemia de Ébola registada na África Ocidental.
« A velocidade e a amplitude das perdas de vidas humanas bem como as repercussões económicas, sociais, políticas e de segurança da crise do Ébola afetam profundamente a Libéria », declarou Karen.
Considerou implacável a sua propagação ilustrando-a com pelo menos dois mil e 70 casos recenseados, dos quais 160 trabalhadores de sáude.
Declarou que a maioria do pessoal de saúde medicavam doentes sem equipamentos de proteção adequados, nem formação e muito menos pagamento.
Acrescentou que "os ritos fúnebres locais que consistem em tocar e manipular os mortos, bem como uma tradição de assistir os parentes e amigos doentes, favoreceram ainda a propagação do vírus".
Cumulativamente chefe da Missão da ONU na Libéria (UNMIL), Landgren prometeu todo o apoio da sua missão para conter « este flagelo ».
A seu ver, uma riposta bem-sucedida ao Ébola vai necessitar « duma governação firme já que a falta de confiança na capacidade do Governo para resolver esta crise contribuiu para uma dinâmica política flácida no país ».
« A tarefa enorme da luta contra o vírus de Ébola revelou fraquezas institucionais profundas e persistentes, incluindo no setor de segurança. Enquanto a procura se intensifica, a Polícia tem enormes dificuldades em preparar e realizar operações em grande escala”, indicou a emissária onusina.
Afirmou que, devido à forte taxa de desemprego e sub-emprego, o Ébola aumentou a precariedade económica da Libéria que precisa de « duma mobilização internacional de apoios» para a ajudar.
Ela frisou que a ONU advogou, ao mais alto nível, para se evitar o isolamento da Libéria e dos países vizinhos afetados pela epidemia.
Landgren disse que a sua missão está a procurar apoios para intervenientes internacionais de primeira linha e a comunidade diplomática para lhes permitir permanecerem e operarem na Libéria.
Por sua vez, o presidente da Configuração Libéria da Comissão da Consolidação da Paz da ONU, Marten Grunditz, indicou que fosse muito cedo demais para predizer as necessidades reais nos próximos meses, um apoio bem coordenado da comunidade internacional e da cooperação regional seria essencial.
Sublinhou que, apesar dos progressos consideráveis notados nos últimos 10 anos, a Libéria continua a ser um país frágil em transição pós-conflito.
« É evidente que um apoio internacional intenso será necessário para garantir a manutenção das conquistas importantes em matéria de desenvolvimento e estabilidade e para que a Libéria continue na via duma prosperidade e duma paz a longo prazo », explicou Grunditz.
-0- PANA AA/SEG/FJG/BEH/FK/DD 11set2014