Agência Panafricana de Notícias

ONU condena ataque mortífero contra igreja no Burkina Faso

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condena o ataque mortal perpetrado domingo de manhã contra uma igreja no norte do Burkina Faso e que fez seis mortos.

Num comunicado publicado domingo em Nova Iorque, a que a PANA teve acesso, Guterres exortou "todos os cidadãos burkinabes, em todas as comunidades, a unirem-se para não cederem à tentação de semear a discórdia e provocar novos atos de violência”.

O SG da ONU também lembrou o caráter sagrado de todos os lugares de culto e exprimiu a esperança de que os seus autores sejam rapidamente capturados e julgados.

Segundo o comunicado, a violência está propagar-se ao Mali e ao Níger, mas também ao Burkina Faso e corre o risco de espalhar-se por outros países da África Ocidental.

A violência propaga-se para o Mali e o Níger, mas também o Burkina Faso, com o risco de atingir ainda outros países da África Ocidental, alertou o documento.

Esta situação multiplicou por cinco deslocamentos da população local nos últimos 12 meses. Mais de 330 mil pessoas deixaram as suas casas, número a que se acrescentam 100 mil refugiados, de acordo com a mesma fonte.

Por sua vez, a presidente da Assembleia Geral da ONU, Maria Espinosa, exprimiu sentimentos similares num tweet, afirmando que os autores deste ataque devem responder pelo seu crime.

 "Nós não podemos tolerar o ódio. O direito fundamental à liberdade religiosa deve ser respeitado em toda parte”, martelou.

Reagindo ao sucedido, num tweet, o coordenador residente das Nações Unidas no Burkina Faso, Metsi Makhetha, condenou “este ataque odioso” e apresentou as suas condolências  às famílias das vítimas.

Estes tiroteios ocorreram alguns dias depois de altos responsáveis humanitários das Nações Unidas, incluindo o próprio Makhetha, terem advertido dum "aumento sem precedentes dos ataques com armas sofisticadas no Sahel”, que "põem em risco o futuro de  toda uma geração”.

Segundo Makhetha, grupos armados ligados ao Estado Islâmico ameaçam desestabilizar métodos tradicionais seculares de resolução dos conflitos intercomunitários.

"As Nações Unidas, organizações humanitárias parceiras e  Governos reforçaram as suas operações. Mas nós devemos fazer mais”, alertou.

-0- PANA MA/NFB/JSG/FK/DD 13maio2019