ONU condena ataque contra militares malianos em Dioura, norte do Mali
Bamako, Mali (PANA) – O chefe da Missão Multidimensional Integrada da ONU para a Estabilização do Mali (MINUSMA), Mahamat Saleh Annadif, condenou, com veemência, o ataque perpetrado no fim de semana passado em Dioura, na província de Mopti, no norte, contra as Forças Armadas Malianas (FAMA), e que matou pelo menos 20 soldados, anuncia um comunicado da referida missão transmitido à PANA.
"Eu condeno, com firmeza, este ataque contra as FAM que, com certeza, reforçará a sua determinação no cumprimento da sua missão. Os meus pensamentos acompanham-nos (os soldados mortos)”, declarou Annadif.
Apresentou as suas condolências ao Governo e ao povo malianos e, sobretudo, às famílias e aos próximos dos corajosos soldados malianos que perderam a vida, desejando ao mesmo tempo uma recuperação completa e rápida aos feridos.
Reiteroua o compromisso infalível da MINUSMA do lado do Governo e dos Malianos, na sua busca de paz e de estabilidade.
No quadro do seu apoio às Forças de Defesa e de Segurança do Mali (FDSM), a MINUSMA organizou, domingo último em Dioura, a evacuação médica de vários feridos, indica o comunicado.
No mesmo dia, à noite, o Presidente maliano, Ibrahim Boubacar Keita, muito chocado, condenou “este ato ignóbil”, reiterando a determinação do seu país a combater tais delitos.
"Todos os nossos pensamentos vão para os orgulhosos soldados do Exército malianos tombados neste dia em Dioura, no cumprimento da sua missão de segurança de bens e de pessoas, face a um inimigo cobarde", indignou-se.
O Mali e o seu povo estão unidos e determinados contra estes atos ignominiosos, acrescentou o Presidente maliano.
O ataque de Dioura, que fez pelo menos 20 mortos, vários feridos e desaparecidos, foi perpetrado por um desertor do Exército maliano, Bamoussa Diarra, um dos tenentes terroristas tuaregues malianos, Yad Ag Rhaly, líder de Ansardine e do Grupo de Apoio ao Islão e Muçulmanos (GSIM), autor de inúmeros ataques mortíferos no norte e no centro do Mali, contra as FAMA, a MINUSMA e as forças francesas da operação Barkane, bem como populações civis.
-0- PANA GT/TBM/IBA/SOC/FK/DD 20março 2019