PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU condena assassinato de seis trabalhadores humanitários no Sudão do Sul
Juba, Sudão do Sul (PANA) - A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o assassinato de seis trabalhadores de uma Organização Não Governamental (ONG) nacional humanitária ocorrido sábado no troço Juba-Pibor, zona sob o controlo do Governo sul-sudanês, indica um comunicado de imprensa a que a PANA teve acesso no local.
O assassinato aconteceu durante um ataque contra uma caravana em se encontravam as seis vítimas, cujos corpos foram encontrados na estrada por outros membros da ONG que por lá passaram mais tarde, de acordo com a nota que cita o representante especial do Secretário-Geral da ONU para o Sudão do Sul e chefe da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (MINUSS), David Shearer.
"As Nações Unidas condenaram estes mortos inúteis e horríveis. Estes assassinatos com frieza são repreensíveis pois estes trabalhadores humanitários se consagravam a aliviar os sofrimentos do povo sul-sudanês", indignou-se Shearer, convidando por outro lado o Governo a abrir um inquérito para identificar os assassinos.
As Nações Unidas sublinharam que esta ofensiva, o pior incidente contra estes filantrópicos no país, desde o início das hostilidades em dezembro de 2013, acontece num momento em que as necessidades humanitárias atingiram um nível sem precedentes.
"Este tipo de ataque expõe não só as vidas dos trabalhadores humanitários mas ameaça igualmente as de milhares de Sul-sudaneses dependentes da nossa assistência para sobreviverem", lamentou Eugene Owusu, coordenador humanitário para o Sudão do Sul.
Insistiu na segurança destes filantrópicos dedicados para que eles possam estar em condições de dar ajuda a os que dela necessitam no país.
Este conflito teve um impacto devastador na população sul-sudanesa, da qual cerca de sete milhões e 500 mil carecem da ajuda e da proteção devido ao agravamento da crise humanitária, nomeadamente a fome localizada.
Pelo menos 79 humanitários foram mortos no Sudão do Sul desde dezembro de 2013, dos 12 em 2017. Nos últimos 12 meses, assiste-se a uma forte intensificação dos ataques contra estes elementos e a saques de víveres destinados às populações famintas, segundo a fonte.
A 14 de março corrente, acrescentou, um pessoal de saúde e um paciente foram mortos num ataque contra uma caravana humanitária que reagia a uma epidemia de cólera em Yirol-Leste, no centro do Sudão do Sul.
Quatro dias antes, o pessoal de uma Organização Não Governamentais internacional foi capturado por indivíduos armados não pertencentes às tropas regulares durante combates na cidade de Mayendit, também no centro do Sudão do Sul, tendo sido libertos quatro dias mais tarde.
"Constamos que isto recomeçou. Não há segurança e os ataques são cometidos face ao silêncio e à passividade de autoridades competentes", desabafou o coordenador humanitário, sublinhando que "a impunidade para estes crimes deve cessar e os seus autores deve ser levados diante da justiça".
Mayendit implorou a todos quantos ocupam postos no seio do Governo para assumirem a sua responsabilidade e porem termo a estes atos a fim de serem responsáveis por aquilo que se passa diante dos seus olhos.
-0- PANA MA/FJG/JSG/DD 27mar2017
O assassinato aconteceu durante um ataque contra uma caravana em se encontravam as seis vítimas, cujos corpos foram encontrados na estrada por outros membros da ONG que por lá passaram mais tarde, de acordo com a nota que cita o representante especial do Secretário-Geral da ONU para o Sudão do Sul e chefe da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (MINUSS), David Shearer.
"As Nações Unidas condenaram estes mortos inúteis e horríveis. Estes assassinatos com frieza são repreensíveis pois estes trabalhadores humanitários se consagravam a aliviar os sofrimentos do povo sul-sudanês", indignou-se Shearer, convidando por outro lado o Governo a abrir um inquérito para identificar os assassinos.
As Nações Unidas sublinharam que esta ofensiva, o pior incidente contra estes filantrópicos no país, desde o início das hostilidades em dezembro de 2013, acontece num momento em que as necessidades humanitárias atingiram um nível sem precedentes.
"Este tipo de ataque expõe não só as vidas dos trabalhadores humanitários mas ameaça igualmente as de milhares de Sul-sudaneses dependentes da nossa assistência para sobreviverem", lamentou Eugene Owusu, coordenador humanitário para o Sudão do Sul.
Insistiu na segurança destes filantrópicos dedicados para que eles possam estar em condições de dar ajuda a os que dela necessitam no país.
Este conflito teve um impacto devastador na população sul-sudanesa, da qual cerca de sete milhões e 500 mil carecem da ajuda e da proteção devido ao agravamento da crise humanitária, nomeadamente a fome localizada.
Pelo menos 79 humanitários foram mortos no Sudão do Sul desde dezembro de 2013, dos 12 em 2017. Nos últimos 12 meses, assiste-se a uma forte intensificação dos ataques contra estes elementos e a saques de víveres destinados às populações famintas, segundo a fonte.
A 14 de março corrente, acrescentou, um pessoal de saúde e um paciente foram mortos num ataque contra uma caravana humanitária que reagia a uma epidemia de cólera em Yirol-Leste, no centro do Sudão do Sul.
Quatro dias antes, o pessoal de uma Organização Não Governamentais internacional foi capturado por indivíduos armados não pertencentes às tropas regulares durante combates na cidade de Mayendit, também no centro do Sudão do Sul, tendo sido libertos quatro dias mais tarde.
"Constamos que isto recomeçou. Não há segurança e os ataques são cometidos face ao silêncio e à passividade de autoridades competentes", desabafou o coordenador humanitário, sublinhando que "a impunidade para estes crimes deve cessar e os seus autores deve ser levados diante da justiça".
Mayendit implorou a todos quantos ocupam postos no seio do Governo para assumirem a sua responsabilidade e porem termo a estes atos a fim de serem responsáveis por aquilo que se passa diante dos seus olhos.
-0- PANA MA/FJG/JSG/DD 27mar2017