PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU chamada a investigar sobre atrocidades do apartheid
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Um recente relatório exortou as Nações Unidas a levar a cabo um inquérito sobre os crimes cometidos durante o apartheid, na África do Sul.
Compilado pelo Tribunal Popular sobre Crimes Económicos (TPCE) e divulgado na semana finda, o relatório concluiu que o Governo sul-africano não foi capaz de abrir uma investigação sobre alegações de corrupção e bloqueio do Estado.
O TPCE foi formado por organizações da sociedade civil e é integrado pelo juiz jubilado Zak Yacoob; pela antiga alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay; e pelo ativista sindical Dinga Sikwebu, entre outras personalidades.
"Governos estrangeiros apresentaram-se como ativistas antiapartheid, enquanto apoiavam secretamente o regime do apartheid. Estamos satisfeitos que aqueles que não declararam expressamente o seu apoio ao apartheid, ou aqueles que dizem que não o fizeram, são substancialmente culpados deste crime contra a humanidade", alega o relatório.
Sobre o período pós-apartheid, o relatório estima que os eventos relacionados ao escândalo de controlo estatal estão integralmente relacionados à aquisição de armas pelo Governo democrático sul-africano durante os anos 90 e início dos anos 2000.
"Seria um erro estudar a captura do Estado de maneira isolada. Os crimes económicos sob o apartheid, a aquisição de armas e o controlo do Estado fazem parte do mesmo sistema; eles nunca foram abordados ou resolvidos, e enquanto não entendermos e enfrentarmos a grande corrupção do apartheid - a causa profunda - não poderemos evitar uma pilhagem em massa sob o regime democrático", acrescenta o documento.
-0- PANA CU/MA/ASA/BEH/DIM/IZ 23set2018
Compilado pelo Tribunal Popular sobre Crimes Económicos (TPCE) e divulgado na semana finda, o relatório concluiu que o Governo sul-africano não foi capaz de abrir uma investigação sobre alegações de corrupção e bloqueio do Estado.
O TPCE foi formado por organizações da sociedade civil e é integrado pelo juiz jubilado Zak Yacoob; pela antiga alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay; e pelo ativista sindical Dinga Sikwebu, entre outras personalidades.
"Governos estrangeiros apresentaram-se como ativistas antiapartheid, enquanto apoiavam secretamente o regime do apartheid. Estamos satisfeitos que aqueles que não declararam expressamente o seu apoio ao apartheid, ou aqueles que dizem que não o fizeram, são substancialmente culpados deste crime contra a humanidade", alega o relatório.
Sobre o período pós-apartheid, o relatório estima que os eventos relacionados ao escândalo de controlo estatal estão integralmente relacionados à aquisição de armas pelo Governo democrático sul-africano durante os anos 90 e início dos anos 2000.
"Seria um erro estudar a captura do Estado de maneira isolada. Os crimes económicos sob o apartheid, a aquisição de armas e o controlo do Estado fazem parte do mesmo sistema; eles nunca foram abordados ou resolvidos, e enquanto não entendermos e enfrentarmos a grande corrupção do apartheid - a causa profunda - não poderemos evitar uma pilhagem em massa sob o regime democrático", acrescenta o documento.
-0- PANA CU/MA/ASA/BEH/DIM/IZ 23set2018