PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU chamada a envolver-se cada vez mais no processo eleitoral da RD Congo
Kinshasa, República Democrática do Congo (PANA) - O secretário-geral da Conferência Episcopal Nacional do Congo (Cenco), o abade Donatien Nshole, apelou à Organização das Nações Unidas (ONU) para se envolver cada vez mais a fim de que urgentemente se realizem boas eleições e se evite o agravamento da já dramática crise humanitária na República Democrática do Congo (RDC).
"O episcopado congolês está convencido de que apenas eleições credivéis, transparentes e pacíficas podem dar ao povo congolês governantes legítimos capazes de lidar com a crise multifacetada que corrói país", indicou o padre Donatien Nshole na sua intervenção segunda-feira em Nova Iorque sobre a situação atual na RD Congo.
O encontro realizou-se em previsão da conferência de doadores sobre o impasse humanitário naquele país, prevista para abril próximo em Genebra, na Suíça.
Para o orador, a complacência na implementação das disposições do Acordo de São Silvestre, pressupostos para boas eleições e na observação do respeito pelas datas-chaves do calendário eleitoral, será uma "bomba retardada".
Considerou também que eleições (complacentes) que "nos levariam de volta à estaca zero seriam um desperdício de tempo que a comunidade internacional deve evitar".
Referindo-se às estatísticas de dezembro de 2017, o prelado anunciou que a RD Congo tem quatro milhões e 490 mil deslocados internos, o que, a seu ver, faz deste país o primeiro africano em termos de deslocados internos.
Mais de 60 porcento desses deslocados são crianças, das quais 55 porcento encontram-se nas províncias de Kivu-Norte (26 por cento), Kivu-Sul (15 porcento) e Tanganyika (14 porcento)., todas no leste do país, acrescentou.
A presença de refugiados da África Central no noroeste da RD Congo continua a ser um peso no seio das comunidades de acolhimento, agravando a situação já precária das populações locais.
Quatro campos de acolhimentos nesta região abrigam mais de 100 mil refugiados cetroafricanos.
A 31 de dezembro de 2017, a RD Congo agasalhava 537 mil e 87 refugiados, dos quais mais de 90 porcento provieram de três países, designadamente o Rwanda (41 porcento), a República Centroafricana (RCA, com 34 porcento) e o Sudão do Sul (17 porcento).
Para o efeito, o padre Nshole, advoga o reforço do mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na RD Congo (Monusco) com meios jurídicos e materiais necessários à proteção de civis, de pessoas vulneráveis e dos seus bens em áreas de conflito recorrente.
Pediu igualmente assistência humanitária de emergência para as populações vítimas de insegurança e as forçadas a abandonar as suas terras bem como a elaboração de um plano de desenvolvimento da RD Congo após as eleições tão almejadas.
-0- PANA KON/DIM/DD 22março2018
"O episcopado congolês está convencido de que apenas eleições credivéis, transparentes e pacíficas podem dar ao povo congolês governantes legítimos capazes de lidar com a crise multifacetada que corrói país", indicou o padre Donatien Nshole na sua intervenção segunda-feira em Nova Iorque sobre a situação atual na RD Congo.
O encontro realizou-se em previsão da conferência de doadores sobre o impasse humanitário naquele país, prevista para abril próximo em Genebra, na Suíça.
Para o orador, a complacência na implementação das disposições do Acordo de São Silvestre, pressupostos para boas eleições e na observação do respeito pelas datas-chaves do calendário eleitoral, será uma "bomba retardada".
Considerou também que eleições (complacentes) que "nos levariam de volta à estaca zero seriam um desperdício de tempo que a comunidade internacional deve evitar".
Referindo-se às estatísticas de dezembro de 2017, o prelado anunciou que a RD Congo tem quatro milhões e 490 mil deslocados internos, o que, a seu ver, faz deste país o primeiro africano em termos de deslocados internos.
Mais de 60 porcento desses deslocados são crianças, das quais 55 porcento encontram-se nas províncias de Kivu-Norte (26 por cento), Kivu-Sul (15 porcento) e Tanganyika (14 porcento)., todas no leste do país, acrescentou.
A presença de refugiados da África Central no noroeste da RD Congo continua a ser um peso no seio das comunidades de acolhimento, agravando a situação já precária das populações locais.
Quatro campos de acolhimentos nesta região abrigam mais de 100 mil refugiados cetroafricanos.
A 31 de dezembro de 2017, a RD Congo agasalhava 537 mil e 87 refugiados, dos quais mais de 90 porcento provieram de três países, designadamente o Rwanda (41 porcento), a República Centroafricana (RCA, com 34 porcento) e o Sudão do Sul (17 porcento).
Para o efeito, o padre Nshole, advoga o reforço do mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na RD Congo (Monusco) com meios jurídicos e materiais necessários à proteção de civis, de pessoas vulneráveis e dos seus bens em áreas de conflito recorrente.
Pediu igualmente assistência humanitária de emergência para as populações vítimas de insegurança e as forçadas a abandonar as suas terras bem como a elaboração de um plano de desenvolvimento da RD Congo após as eleições tão almejadas.
-0- PANA KON/DIM/DD 22março2018