PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU anuncia fuga de 1 milhão de pessoas da Côte d'Ivoire
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O sub-secretário-geral das Nações Unidas para a Manutenção da Paz, Atul Khare, afirmou que cerca de um milhão de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas na Côte d’Ivoire devido à crise política neste país da África Ocidental.
« A deterioração da situação de segurança e a escalada do uso das armas pesadas tiveram um impacto sério na vida e no bem-estar do povo ivoiriense », declarou Khare sexta-feira durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Côte d’Ivoire.
Ele sublinhou que a maioria dos atos de violência foi causada pelas forças leais ao Presidente cessante, Laurent Gbagbo, que ataca os civis e os militares do líder da oposição, Alassane Ouattara, que foi reconhecido pela comunidade internacional como o vencedor das eleições presidenciais de novembro passado.
Afirmou igualmente que a situação dos direitos humanos era muito grave, com um número importante de violações dos direitos humanos.
Com a ajuda de diapositivos, Khare mostrou em pormenor alguns dos piores ataques dos últimos três meses, incluindo um ataque das forças de segurança pro-Gbagbo com metralhadoras pesadas contra um grupo de mulheres que se manifestavam pacificamente no bairro de Abobo em Abidjan em apoio a Ouattara, matando sete pessoas e ferindo gravemente outras.
Além disso, as forças leais a Gbagbo dispararam vários tiros de morteiro num mercado de Abobo, fazendo 25 mortos e mais de 40 feridos.
« No total 462 pessoas foram mortas desde a eclosão da violência em setembro e mais de 93 mil pessoas atravessaram a fronteira com a Libéria, enquanto perto dum milhão de outras pessoas deslocaram-se para o interior do país », sublinhou o responsável onusino.
Ele revelou igualmente que as forças leais a Gbagbo continuaram a fazer obstrução à Missão das Nações Unidas na Côte d’Ivoire (ONUCI) ao bloquear os acessos e atacando o seu pessoal.
Contudo, ele sublinhou que a missão aumentou o número de patrulhas nos bairros vulneráveis incluindo patrulhas 24 horas por dia em Abobo e efetuava patrulhas aéreas em Abidjan e no resto do país.
« Pensamos que estas medidas permitiram evitar outros massacres », acrescentou Khare.
Ele deplorou que o apelo de ajuda dum montante de 87 milhões de dólares americanos a favor da Côte d’Ivoire e de cinco países vizinhos que atravessam uma grande crise humanitária potencial não tenha sido respondido positivamente.
No entanto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) indicou sexta-feira que 200 outros cidadãos oeste-africanos, incluindo do Mali, do Burkina Faso, do Senegal, da Guiné e o Togo, foram mortos na zona de Guiglo no oeste da Côte d’Ivoire, mas precisou que esta informação ainda não estava confirmada.
-0- PANA AA/MA/LSA/AAS/MAR/TON 26março2011
« A deterioração da situação de segurança e a escalada do uso das armas pesadas tiveram um impacto sério na vida e no bem-estar do povo ivoiriense », declarou Khare sexta-feira durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Côte d’Ivoire.
Ele sublinhou que a maioria dos atos de violência foi causada pelas forças leais ao Presidente cessante, Laurent Gbagbo, que ataca os civis e os militares do líder da oposição, Alassane Ouattara, que foi reconhecido pela comunidade internacional como o vencedor das eleições presidenciais de novembro passado.
Afirmou igualmente que a situação dos direitos humanos era muito grave, com um número importante de violações dos direitos humanos.
Com a ajuda de diapositivos, Khare mostrou em pormenor alguns dos piores ataques dos últimos três meses, incluindo um ataque das forças de segurança pro-Gbagbo com metralhadoras pesadas contra um grupo de mulheres que se manifestavam pacificamente no bairro de Abobo em Abidjan em apoio a Ouattara, matando sete pessoas e ferindo gravemente outras.
Além disso, as forças leais a Gbagbo dispararam vários tiros de morteiro num mercado de Abobo, fazendo 25 mortos e mais de 40 feridos.
« No total 462 pessoas foram mortas desde a eclosão da violência em setembro e mais de 93 mil pessoas atravessaram a fronteira com a Libéria, enquanto perto dum milhão de outras pessoas deslocaram-se para o interior do país », sublinhou o responsável onusino.
Ele revelou igualmente que as forças leais a Gbagbo continuaram a fazer obstrução à Missão das Nações Unidas na Côte d’Ivoire (ONUCI) ao bloquear os acessos e atacando o seu pessoal.
Contudo, ele sublinhou que a missão aumentou o número de patrulhas nos bairros vulneráveis incluindo patrulhas 24 horas por dia em Abobo e efetuava patrulhas aéreas em Abidjan e no resto do país.
« Pensamos que estas medidas permitiram evitar outros massacres », acrescentou Khare.
Ele deplorou que o apelo de ajuda dum montante de 87 milhões de dólares americanos a favor da Côte d’Ivoire e de cinco países vizinhos que atravessam uma grande crise humanitária potencial não tenha sido respondido positivamente.
No entanto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) indicou sexta-feira que 200 outros cidadãos oeste-africanos, incluindo do Mali, do Burkina Faso, do Senegal, da Guiné e o Togo, foram mortos na zona de Guiglo no oeste da Côte d’Ivoire, mas precisou que esta informação ainda não estava confirmada.
-0- PANA AA/MA/LSA/AAS/MAR/TON 26março2011