Agência Panafricana de Notícias

ONU ameaça sanções contra autoridades paralelas no leste da Líbia

Tripoli, Líbia (PANA) - A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL) está alarmada com relatos de que autoridades paralelas, não reconhecidas no país, ameaçam o funcionamento e a gestão da Companhia Nacional de Petróleo da Líbia (NOC) e da sua filial de comercialização de produtos petrolíferos (Brega).

Num comunicado emitido sexta-feira à noite, a MANUL reitera que "a  NOC, com sede em Tripoli é a única instituição soberana responsável, nos termos do Direito internacional e nacional, pela gestão do petróleo do país, incluindo a exportação e a importação de petróleo e combustível".

A MANUL  adverte que "os esforços contínuos para dividir as funções da NOC ameaçam as receitas petrolíferas do país e, consequentemente, os interesses de todos os Líbios”, acrescentando que "isto pode constituir uma violação às resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e colocar as pessoas responsáveis sob sanções".

A Missão indica que comunicará alegadas violações ao Grupo de Peritos das Nações Unidas, ao Comité de Sanções das Nações Unidas e ao Conselho de Segurança da ONU.

"O petróleo e os recursos naturais da Líbia pertencem ao povo líbio e não deveriam, em circunstância alguma, ser usados como uma arma",enfatiza a MANUL no seu comunicado.

A 8 de setembro  último, a Companhia Ncional de Petróleo em Benghazi, uma instituição paralela, decidiu reestruturar o Conselho de Administração da empresa Brega, justificando esta decisão pela "retenção pela NOC dos aprovisionamentos de gás e combustível".

A NOC de Trípoli advertiu, através de seu diretor, Mustafa Sanalla, contra "as tentativas de dividir o setor petrolífero líbio e a politização do setor petrolífero para servir interesses obscuros e objetivos estrangeiros".

"O abastecimento de combustível nas regiões centrais e orientais é mais do que suficiente para satisfazer as necessidades dos cidadãos. A verdadeira razão para esta tentativa é criar uma entidade ilegal para exportar ilegalmente petróleo da Líbia", acrescentou.

-0- PANA BY/JSG/DIM/IZ 06out2019