PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU alerta para expansão de Daech na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) - O número de combatentes do Daech (Estado Islâmico) na região líbia de Sirtes (centro) estima-se em dois a três mil ao passo que, no resto do país, são cerca de dois mil indivíduos, alertou domingo o representante do Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU) e chefe da Missão das Nações Unidas na Líbia (MANUL), Martin Kobler.
"Ele se propagam e se radicam no sul, na fronteira com o Níger e o Tchad. Manifestamente, eles querem apoderar-se do petróleo não só para controlar a sua produção mas também para levar o país a um desastre económico", advertiu o representante de Ban Ki-moon, SG da ONU, numa entrevista publicada domingo pelo Le Journal du Dimanche (jornal francês).
Respondendo a uma pergunta sobre fontes de financiamentos dos "djihadistas" (islamitas), Kobler sublinhou que os mesmos cobram taxas em Sirtes, junto de deslocados, e aproveitam-se do tráfico de seres humanos bem como da "indústria de raptos" contra resgates.
"Milícias raptam e vendem seus reféns ao Daech. É o mesmo sistema que no Iraque. Quanto às armas, elas chegam por mar, pelo Sudão e por rotas tradicionais de tráfico. Algumas milícias intervêm para ajudar suas similares", revelou o chefe da MANUL.
No tocante aos eventuais contactos do Daech na Líbia com outros grupos djihadistas da região, Kobler afirmou que, na semana passada, foi desmantelada uma célula em Tripoli e que, entre os detidos, figurava um Nigeriano, o que, a seu ver, pressupõe conexões com a seita islamita e terrorista nigeriana Boko Haram.
"Aliás, a expansão para o sul líbio é um sinal de busca de conexões. Isto tem de ser parado rápido", considerou o responsável onusino, alertando para consequências dum grande desenvolvimento desta organização terrorista na região.
-0- PANA BY/TBM/DD 30maio2016
"Ele se propagam e se radicam no sul, na fronteira com o Níger e o Tchad. Manifestamente, eles querem apoderar-se do petróleo não só para controlar a sua produção mas também para levar o país a um desastre económico", advertiu o representante de Ban Ki-moon, SG da ONU, numa entrevista publicada domingo pelo Le Journal du Dimanche (jornal francês).
Respondendo a uma pergunta sobre fontes de financiamentos dos "djihadistas" (islamitas), Kobler sublinhou que os mesmos cobram taxas em Sirtes, junto de deslocados, e aproveitam-se do tráfico de seres humanos bem como da "indústria de raptos" contra resgates.
"Milícias raptam e vendem seus reféns ao Daech. É o mesmo sistema que no Iraque. Quanto às armas, elas chegam por mar, pelo Sudão e por rotas tradicionais de tráfico. Algumas milícias intervêm para ajudar suas similares", revelou o chefe da MANUL.
No tocante aos eventuais contactos do Daech na Líbia com outros grupos djihadistas da região, Kobler afirmou que, na semana passada, foi desmantelada uma célula em Tripoli e que, entre os detidos, figurava um Nigeriano, o que, a seu ver, pressupõe conexões com a seita islamita e terrorista nigeriana Boko Haram.
"Aliás, a expansão para o sul líbio é um sinal de busca de conexões. Isto tem de ser parado rápido", considerou o responsável onusino, alertando para consequências dum grande desenvolvimento desta organização terrorista na região.
-0- PANA BY/TBM/DD 30maio2016