PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU alerta para degradação da situação na Líbia
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - No cômputo geral, a situação degrada-se rapidamente na Líbia, devido a ameaças terroristas crescentes e à continuação de atos de violência, declarou quarta-feira o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), Bernardino Leon.
Falando diante do Conselho de Segurança (CS) da ONU, Leon convidou por conseguinte os atores líbios a encararem com firmeza o futuro do país e reforçarem a unidade nacional.
"A Líbia não se pode dar ao luxo de deixar persistir a crise política e o conflito armado que minam o país desde o ano transato", considerou Leon numa ligação vídeo a partir de Roma, na Itália.
"A menos que os líderes líbios reajam rapidamente e de maneira decisiva, os riscos são reais para a unidade nacional e a integridade territorial do seu país", advertiu o chefe da MANUL.
Qualificou os atentados de Al-Qubbah de "tentativa evidente" de estorvar o diálogo em curso que visa reunir as partes líbias em prol da formação dum Governo de Unidade Nacional e da busca de uma solução consensual e pacífica para o país.
"O medo e a a preocupação na Líbia face às ameaças terroristas são palpáveis e as partes líbias exprimiram a sua profunda preocupação face ao perigo que representa o terrorismo para a segurança e a estabilidade na Líbia, bem como às capacidades muito limitadas do Estado líbio para fazer face a este desafio", sublinhou o emissário da ONU.
A seu ver, é "essencial", para a comunidade internacional e as Nações Unidas, fazer-se face às ameaças terroristas na Líbia, insistindo no facto de que os dirigentes políticos deste país devem tomar todas as medidas necessárias para prevenir outros ataques e levar todas as forças que operam sob o seu comando a acatar o engajamento político no diálogo.
"Por difíceis que tenham sido os últimos anos para o seu país, o povo líbio não abandonou as suas esperanças e aspirações a um Estado líbio democrático e moderno baseado no respeito pela lei e pelos direitos humanos", acrescentou.
As declarações do emissário onusino seguem-se aos últimos desenvolvimentos da situação política e de segurança na Líbia, em particular os atentados terroristas mortíferos ocorridos na cidade de Al-Qubbah e a decisaõ da Câmara de Representantes na Líbia de retomar a sua participação no diálogo político.
A ONU sublinhou que a última onda de violência destruiu ainda mais este país abalado pelo conflito armado, desde o início da guerra civil em fevereiro 2011 que, seis meses mais tarde, levou à destituição do então regime de Muamar Kadafi, após 42 anos de poder sem partilha.
Frisou que o ataque de Al-Qubbah fez pelo menos 45 mortos e numerosos feridos quando um kamikaze fez explodir o seu veículo perto de bombas de combustível, a 20 de fevereiro último.
Ao primeiro atentado seguiu-se imediatamente a explosão de dois veículos perto da residência do presidente da Câmara de Representantes e do quartel-general da segurança do Governo.
Enquanto isso, uma nova série de negociações facilitadas pelas Nações Unidas para resolver a crise política líbia deve arrancar esta semana em Marrocos.
-0- PANA AA/FJG/JSG/MAR/DD 06março2015
Falando diante do Conselho de Segurança (CS) da ONU, Leon convidou por conseguinte os atores líbios a encararem com firmeza o futuro do país e reforçarem a unidade nacional.
"A Líbia não se pode dar ao luxo de deixar persistir a crise política e o conflito armado que minam o país desde o ano transato", considerou Leon numa ligação vídeo a partir de Roma, na Itália.
"A menos que os líderes líbios reajam rapidamente e de maneira decisiva, os riscos são reais para a unidade nacional e a integridade territorial do seu país", advertiu o chefe da MANUL.
Qualificou os atentados de Al-Qubbah de "tentativa evidente" de estorvar o diálogo em curso que visa reunir as partes líbias em prol da formação dum Governo de Unidade Nacional e da busca de uma solução consensual e pacífica para o país.
"O medo e a a preocupação na Líbia face às ameaças terroristas são palpáveis e as partes líbias exprimiram a sua profunda preocupação face ao perigo que representa o terrorismo para a segurança e a estabilidade na Líbia, bem como às capacidades muito limitadas do Estado líbio para fazer face a este desafio", sublinhou o emissário da ONU.
A seu ver, é "essencial", para a comunidade internacional e as Nações Unidas, fazer-se face às ameaças terroristas na Líbia, insistindo no facto de que os dirigentes políticos deste país devem tomar todas as medidas necessárias para prevenir outros ataques e levar todas as forças que operam sob o seu comando a acatar o engajamento político no diálogo.
"Por difíceis que tenham sido os últimos anos para o seu país, o povo líbio não abandonou as suas esperanças e aspirações a um Estado líbio democrático e moderno baseado no respeito pela lei e pelos direitos humanos", acrescentou.
As declarações do emissário onusino seguem-se aos últimos desenvolvimentos da situação política e de segurança na Líbia, em particular os atentados terroristas mortíferos ocorridos na cidade de Al-Qubbah e a decisaõ da Câmara de Representantes na Líbia de retomar a sua participação no diálogo político.
A ONU sublinhou que a última onda de violência destruiu ainda mais este país abalado pelo conflito armado, desde o início da guerra civil em fevereiro 2011 que, seis meses mais tarde, levou à destituição do então regime de Muamar Kadafi, após 42 anos de poder sem partilha.
Frisou que o ataque de Al-Qubbah fez pelo menos 45 mortos e numerosos feridos quando um kamikaze fez explodir o seu veículo perto de bombas de combustível, a 20 de fevereiro último.
Ao primeiro atentado seguiu-se imediatamente a explosão de dois veículos perto da residência do presidente da Câmara de Representantes e do quartel-general da segurança do Governo.
Enquanto isso, uma nova série de negociações facilitadas pelas Nações Unidas para resolver a crise política líbia deve arrancar esta semana em Marrocos.
-0- PANA AA/FJG/JSG/MAR/DD 06março2015