Agência Panafricana de Notícias

ONU advoga combate à corrupção no mundo

Estados Unidos (PANA) – O Secretário-Geral (SG) Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, exortou os governantes, o setor privado e a sociedade civil a combaterem juntos a corrupção que, segundo ele, é “um flagelo social, político e económico em todos os países”.

«A corrupção é uma barreira que entrava a realização dos objetivos do desenvolvimento no plano universal. Para realizarmos um futuro equitativo, inclusivo e próspero para todos, temos a obrigação de reforçar a cultura da integridade, da transparência, da prestação de contas e da boa governação”, declarou Ban Ki-moon, por ocasião do Dia Internacional da Luta contra a Corrupção, celebrado anualmente a 9 de dezembro.

Segundo ele, a corrupção impede a realização dos objetivos de luta contra a pobreza, comummente designados os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), e deve ser considerada, em termos de definição e execução, com um grande projeto de desenvolvimento até 2015.

Para Ban Ki-moon, «a boa governação é necessária para um desenvolvimento sustentável».
Na ótica do SG da ONU, a corrupção mina o crescimento económico com o aumento de preços, viola os direitos, desenvolve as desigualdades e impede a exploração racional dos recursos naturais.

Ban lembrou, por outro lado, que as Nações Unidas desenvolveram canais para ajudar o mundo do desporto profissional a lutar contra este flagelo no patrocínio do desporto.

Segundo o Banco Mundial, cada ano, registam-se nos países em desenvolvimento perdas avaliadas em 20 a 40 biliões de dólares americanos devido à corrupção, à concussão, flagelos que não poupam os países desenvolvidos.

O Escritório das Nações Unidas contra a Droga e Crime (UNODC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançaram uma campanha de desenvolvimento “100 porcento com zero corrupção”, uma iniciativa de jovens e para os jovens, com vista a sensibilizar as populações à corrupção.

A campanha denuncia efeitos corrosivos deste mal no desenvolvimento, precisando que o mesmo viola a democracia e o Estado de Direito, os direitos humanos e minam os mercados e destrói a qualidade da vida e favorece o crime organizado e outras ameaças à segurança.

O primeiro instrumento internacional legal de luta contra a corrupção é a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção adotada em 2003 pela Assembleia Geral da organização universal.

Pelo menos 171 dos 193 dos Estados-membros da ONU já ratificaram esta convenção que comporta um mecanismo que permite aos países controlar os seus pares numa dinâmica de parceria.

Este mecanismo de controlo permitiu a 35 países melhorarem, dentro de quatro anos, as suas leis anti-corrupção e a formação de mil 400 peritos.

-0- PANA AA/VAO/PBA/JSG/FK/DD 10dez2013