PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG questiona alegada intentona golpista na Guiné-Bissau
Dakar- Senegal (PANA) – A Organização não Governam-ental (ONG) “Reencontro Africano para a Defesa dos Direitos Humanos (RADDHO)" denunciou os assassinatos de 5 deste mês na Guiné-Bissau oficialmente justificados por “tentativa de golpe de Estado”.
Num comunicado a que a PANA teve acesso este fim-de-semana, a RADDHO “condena sem reservas” o incidente e manifesta a sua viva inquietude sobre “a série negra de assassinatos políticos, impunidades e intrigas político-militares na Guiné-Bissau”.
“Três meses sobre o duplo assassinato do Presidente João Bernardo “Nino” Vieira e do chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, agora foi a vez do candidato presidencial Baciro Dabó, abatido em sua casa, e do ex-ministro da Defesa Hélder Proença, morto com o seu guarda-costas e o seu motorista”, lembra a RADDHO no seu comunicado.
Na visão desta ONG, estes incidentes tornam a situação política na Guiné-Bissau "mais frágil, mais confusa e mais perigosa” antes das eleições presidenciais de 28 de Julho de 2009.
Denuncia o método utilizado pelo Ministério do Interior e pelo Estado-Maior das Forças Armadas de acusar as pessoas assassinadas de implicação numa alegada tentativa de golpe de Estado, quando eram tidas como "grandes fontes de prova para o apuramento da verdade".
A este propósito, diz pôr em dúvida a lista das pessoas acusadas “já que nenhum órgão judiciário foi interpelado para investigar”.
A RADDHO exprime a sua estranheza pelo facto de que a lista das pessoas acusadas e publicada pelo Ministério do Interior é integrada apenas por pessoas próximas do candidato presidencial Malam Bacai Sanhá ou do finado Presidente João Bernardo “Nino” Vieira.
Entre estas pessoas, a RADDHO cita como “uma eminente figura” da equipa de campanha de Bacai Sanhá o ex-ministro da Defesa, Hélder Proença, abatido a tiro quinta-feira passada em plena estrada, antes de ser apresentado como o cabeça da alegada intentona golpista.
Cita igualmente dois outros nomes de indivíduos que teriam sido gravemente feridos na morte de Nino Vieira, a 2 de Março passado, e que estariam até à altura do último incidente em tratamento médico no estrangeiro, designadamente em Dakar (Senegal) e em Paris (França).
De acordo com a nota, a situação de medo e terror que reina na Guiné- Bissau não é propícia para eleições credíveis a 28 de Junho de 2009, uma vez que, explica, “estão reunidos todos os ingredientes para criar a somalização da Guiné-Bissau na África Ocidental".
Por isso, a RADDHO recomenda à comunidade africana e internacional a reunir o mais rápido possível os responsáveis políticos, militares e da sociedade civil da Guiné-Bissau a fim de examinar as medidas mais apropriadas “para salvar este país do naufrágio”.
Sugere igualmente que seja criada uma comissão internacional de inquérito sobre os assassinatos de Nino Vieira, Tagmé Na Waié, Hélder Proença e Baciro Dabó.
Num comunicado a que a PANA teve acesso este fim-de-semana, a RADDHO “condena sem reservas” o incidente e manifesta a sua viva inquietude sobre “a série negra de assassinatos políticos, impunidades e intrigas político-militares na Guiné-Bissau”.
“Três meses sobre o duplo assassinato do Presidente João Bernardo “Nino” Vieira e do chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, agora foi a vez do candidato presidencial Baciro Dabó, abatido em sua casa, e do ex-ministro da Defesa Hélder Proença, morto com o seu guarda-costas e o seu motorista”, lembra a RADDHO no seu comunicado.
Na visão desta ONG, estes incidentes tornam a situação política na Guiné-Bissau "mais frágil, mais confusa e mais perigosa” antes das eleições presidenciais de 28 de Julho de 2009.
Denuncia o método utilizado pelo Ministério do Interior e pelo Estado-Maior das Forças Armadas de acusar as pessoas assassinadas de implicação numa alegada tentativa de golpe de Estado, quando eram tidas como "grandes fontes de prova para o apuramento da verdade".
A este propósito, diz pôr em dúvida a lista das pessoas acusadas “já que nenhum órgão judiciário foi interpelado para investigar”.
A RADDHO exprime a sua estranheza pelo facto de que a lista das pessoas acusadas e publicada pelo Ministério do Interior é integrada apenas por pessoas próximas do candidato presidencial Malam Bacai Sanhá ou do finado Presidente João Bernardo “Nino” Vieira.
Entre estas pessoas, a RADDHO cita como “uma eminente figura” da equipa de campanha de Bacai Sanhá o ex-ministro da Defesa, Hélder Proença, abatido a tiro quinta-feira passada em plena estrada, antes de ser apresentado como o cabeça da alegada intentona golpista.
Cita igualmente dois outros nomes de indivíduos que teriam sido gravemente feridos na morte de Nino Vieira, a 2 de Março passado, e que estariam até à altura do último incidente em tratamento médico no estrangeiro, designadamente em Dakar (Senegal) e em Paris (França).
De acordo com a nota, a situação de medo e terror que reina na Guiné- Bissau não é propícia para eleições credíveis a 28 de Junho de 2009, uma vez que, explica, “estão reunidos todos os ingredientes para criar a somalização da Guiné-Bissau na África Ocidental".
Por isso, a RADDHO recomenda à comunidade africana e internacional a reunir o mais rápido possível os responsáveis políticos, militares e da sociedade civil da Guiné-Bissau a fim de examinar as medidas mais apropriadas “para salvar este país do naufrágio”.
Sugere igualmente que seja criada uma comissão internacional de inquérito sobre os assassinatos de Nino Vieira, Tagmé Na Waié, Hélder Proença e Baciro Dabó.