PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG preocupada com desaparecimento de recursos genéticos nas Maurícias
Port-Louis, ilhas Maurícias (PANA) - A Organização não Governamental (ONG) "Movimento Autosuficiência Alimentar (MAA)" afirmou esta segunda-feira que as ilhas Maurícias negligenciaram o aspeto da conservação dos seus recursos genéticos, por receio de que a sua erosão ponha em perigo a segurança alimentar a longo prazo no país.
"Sem um bom stock de variedades de plantas, que comerá a população?", interrogou-se o gestor da MAA, Eric Mangar, numa entrevista à PANA segunda-feira de manhã.
Segundo ele, a erosão dos recursos genéticos constitui um "muito grande problema" no mundo. "Em 2014 , o mundo possuía apenas 30 espécies de plantas para a produção agrícola contra sete mil em 1996 que fornece quase 90 porcento da alimentação mundial. Destas 30 espécies, 12 contam para 70 porcento e quatro que são o trigo, o arroz, o milho e a batata contam para 50 porcento", indicou.
"O que se passa no mundo acontece também nas Maurícias", acrescentou o responsável desta ONG, antes de deplorar o facto de que já não se considera, atualmente, a agricultura como uma prioridade.
Citando cifras relativas à distribuição das receitas a nível da produção agrícola, ele disse que apenas 13 porcento vão para a agricultura contra 42 porcento para a indústria transformadora e 45 porcento para a comercialização e o setor dos serviços.
"A agricultura é então a grande perdedora. No entanto, sem ela, os outros setores não existiriam. A população come mal e o número de casos de doenças não transmissíveis, maioritariamente ligadas à alimentação, estão em alta. Houve mil e 233 casos de cancro nas Maurícias em 2013 e, segundo os médicos, mais de 80 porcento deles estão ligados ao nosso modo de vida e à alimentação. Devemos poder estabelecer o laço entre a produção agrícola, a nutrição e a saúde", afirmou Mangar.
Segundo ele, o campesinato e a agricultura familiar têm ainda algum valor "pois eles protegem a biodiversidade, mantendo a população".
Sobre a produção de legumes, Mangar afirma que as Maurícias são autosuficientes neste domínio, "mas é preciso continuar a pesquisa para descobrir outras variedades de legumes. Nós dependemos muito das sementes importadas. Precisamos de poder produzir, não será apenas uma parte das sementes de que precisamos localmente", sublinhou.
-0- PANA NA/TBM/IBA/FK/IZ 05jan2015
"Sem um bom stock de variedades de plantas, que comerá a população?", interrogou-se o gestor da MAA, Eric Mangar, numa entrevista à PANA segunda-feira de manhã.
Segundo ele, a erosão dos recursos genéticos constitui um "muito grande problema" no mundo. "Em 2014 , o mundo possuía apenas 30 espécies de plantas para a produção agrícola contra sete mil em 1996 que fornece quase 90 porcento da alimentação mundial. Destas 30 espécies, 12 contam para 70 porcento e quatro que são o trigo, o arroz, o milho e a batata contam para 50 porcento", indicou.
"O que se passa no mundo acontece também nas Maurícias", acrescentou o responsável desta ONG, antes de deplorar o facto de que já não se considera, atualmente, a agricultura como uma prioridade.
Citando cifras relativas à distribuição das receitas a nível da produção agrícola, ele disse que apenas 13 porcento vão para a agricultura contra 42 porcento para a indústria transformadora e 45 porcento para a comercialização e o setor dos serviços.
"A agricultura é então a grande perdedora. No entanto, sem ela, os outros setores não existiriam. A população come mal e o número de casos de doenças não transmissíveis, maioritariamente ligadas à alimentação, estão em alta. Houve mil e 233 casos de cancro nas Maurícias em 2013 e, segundo os médicos, mais de 80 porcento deles estão ligados ao nosso modo de vida e à alimentação. Devemos poder estabelecer o laço entre a produção agrícola, a nutrição e a saúde", afirmou Mangar.
Segundo ele, o campesinato e a agricultura familiar têm ainda algum valor "pois eles protegem a biodiversidade, mantendo a população".
Sobre a produção de legumes, Mangar afirma que as Maurícias são autosuficientes neste domínio, "mas é preciso continuar a pesquisa para descobrir outras variedades de legumes. Nós dependemos muito das sementes importadas. Precisamos de poder produzir, não será apenas uma parte das sementes de que precisamos localmente", sublinhou.
-0- PANA NA/TBM/IBA/FK/IZ 05jan2015