PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG pede fim de violações sexuais por grupos armados na RD Congo
Dar es Salaam- Tanzânia (PANA) -- A Organização Não Governamental (ONG) Christian Aid apelou sábado para a tomada de medidas visando acelerar a desmobilização voluntária dos grupos armados na RD Congo como forma de se pôr termo a violações sexuais sistemáticas de mulheres por soldados.
A Christian Aid lançou este apelo na sequência dos últimos ataques brutais perpetrados contra mulheres e atribuídos aos rebeldes das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), na provínvia do Kivu-Sul, no leste da RD Congo.
Segundo a Christian Aid, das 15 mulheres que foram raptadas e violentadas por homens armados, cinco foram brutalmente torturadas antes de serem decapitadas, três sobreviveram e foram evacuadas para o hospital de Panzi para tratamentos médicos de emergência e as outras sete são dadas como desaparecidas ou presumidas mortas.
Os ataques em causa ocorreram em Fevereiro passado, menos de duas semanas antes de a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, a baronesa Kinnock, visitar as sobreviventes do acto no hospital de Panzi.
Desde então, ela comprometeu-se a promover o combate contra a impunidade em torno das violações sexuais na RD Congo.
A Christian Aid congratulou-se com este compromisso renovado e convidou a baronesa Kinnock a trabalhar com os Governos da RD Congo e do vizinho Ruanda bem como com as Nações Unidas para resolver as causas subjacentes da insegurança na região dos Grandes Lagos.
Este esforço, sugeriu a organização, deve incluir um apoio político acrescido e uma ajuda material à desmobilização e ao repatriamento voluntário dos grupos armados das FDLR e dos refugiados, cuja maior parte encontram-se na RD Congo na sequência do genocídio ruandês de 1994.
"Com a presença constante de vários grupos armados, as mulheres em toda a da região estão mais vulneráveis do que nunca às represálias e à violação sistemática", explicou Shuna Keen, analista da Christian Aid para os Grandes Lagos.
Segundo ela, mulheres jovens e jovens inocentes continuam a ser violentadas tanto pelas Forças Armadas Congolesas (FARDC) como pelas FDLR ruandesas, o que faz com que a maioria destas mulheres e as suas crianças que nascem na sequência destas violações sejam seropositivas, enquanto os efeitos sociais e psicológicos destes actos "são devastadores a longo prazo".
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (UNOCHA) informou, no ano passado, que uma proporção considerável da violência sexual na RD Congo foram cometidas por homens fardados.
A maioria destes casos de violação nas regiões isoladas em que não existe segurança não são denunciados e as vítimas não têm a possibilidade de serem tratadas.
Estima-se que mais de seis milhões de civis perderam a vida na guerra e no genocídio na RD Congo e no Ruanda desde o início dos anos 1990, tornando-se este conflito no mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial terminada em 1945.
"Podemos e temos de fazer mais para incentivar a desmobilização voluntária e o repatriamento dos rebeldes das FDLR e dos refugiados ruandeses através de medidas de acompanhamento, sensibilização e restabelecimento da confiança.
Não se deu oportunidades suficientes a opções não militares", acrescentou Keen.
Mais de 15 anos após o genocídio ruandês, estima-se que existam cerca de 90 mil refugiados ruandeses que vivem nesta região instável do leste da RD Congo, bem como milhares de comtatentes rebeldes FDLR armados.
Segundo a agência, a insegurança que prevalece nas regiões dos Kivus Norte e e Sul da RD Congo, a principal causa das violações sexuais, é por si resultante duma crise política profunda na região dos Grandes Lagos.
A Christian Aid lançou este apelo na sequência dos últimos ataques brutais perpetrados contra mulheres e atribuídos aos rebeldes das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), na provínvia do Kivu-Sul, no leste da RD Congo.
Segundo a Christian Aid, das 15 mulheres que foram raptadas e violentadas por homens armados, cinco foram brutalmente torturadas antes de serem decapitadas, três sobreviveram e foram evacuadas para o hospital de Panzi para tratamentos médicos de emergência e as outras sete são dadas como desaparecidas ou presumidas mortas.
Os ataques em causa ocorreram em Fevereiro passado, menos de duas semanas antes de a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, a baronesa Kinnock, visitar as sobreviventes do acto no hospital de Panzi.
Desde então, ela comprometeu-se a promover o combate contra a impunidade em torno das violações sexuais na RD Congo.
A Christian Aid congratulou-se com este compromisso renovado e convidou a baronesa Kinnock a trabalhar com os Governos da RD Congo e do vizinho Ruanda bem como com as Nações Unidas para resolver as causas subjacentes da insegurança na região dos Grandes Lagos.
Este esforço, sugeriu a organização, deve incluir um apoio político acrescido e uma ajuda material à desmobilização e ao repatriamento voluntário dos grupos armados das FDLR e dos refugiados, cuja maior parte encontram-se na RD Congo na sequência do genocídio ruandês de 1994.
"Com a presença constante de vários grupos armados, as mulheres em toda a da região estão mais vulneráveis do que nunca às represálias e à violação sistemática", explicou Shuna Keen, analista da Christian Aid para os Grandes Lagos.
Segundo ela, mulheres jovens e jovens inocentes continuam a ser violentadas tanto pelas Forças Armadas Congolesas (FARDC) como pelas FDLR ruandesas, o que faz com que a maioria destas mulheres e as suas crianças que nascem na sequência destas violações sejam seropositivas, enquanto os efeitos sociais e psicológicos destes actos "são devastadores a longo prazo".
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (UNOCHA) informou, no ano passado, que uma proporção considerável da violência sexual na RD Congo foram cometidas por homens fardados.
A maioria destes casos de violação nas regiões isoladas em que não existe segurança não são denunciados e as vítimas não têm a possibilidade de serem tratadas.
Estima-se que mais de seis milhões de civis perderam a vida na guerra e no genocídio na RD Congo e no Ruanda desde o início dos anos 1990, tornando-se este conflito no mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial terminada em 1945.
"Podemos e temos de fazer mais para incentivar a desmobilização voluntária e o repatriamento dos rebeldes das FDLR e dos refugiados ruandeses através de medidas de acompanhamento, sensibilização e restabelecimento da confiança.
Não se deu oportunidades suficientes a opções não militares", acrescentou Keen.
Mais de 15 anos após o genocídio ruandês, estima-se que existam cerca de 90 mil refugiados ruandeses que vivem nesta região instável do leste da RD Congo, bem como milhares de comtatentes rebeldes FDLR armados.
Segundo a agência, a insegurança que prevalece nas regiões dos Kivus Norte e e Sul da RD Congo, a principal causa das violações sexuais, é por si resultante duma crise política profunda na região dos Grandes Lagos.