ONG exigem censo de vítimas dos acontecimentos de 1989 na Mauritânia

Nouakchott- Mauritânia (PANA) -- O Fórum das Organizações Nacionais dos Direitos Humanos (FONADH), que agrupa 20 Organizações não Governamentais, pediu um recenseamento exaustivo das vítimas das violências interétnicas de 1989 "com vista a uma reparação do dano sofrido", segundo uma declaração divulgada terça-feira em Nouakchott.
Citando estatísticas oficiais, o grupo lembra que desde o ano de 1996, pelo menos 40 mil pessoas fugidas da violência interétnica regressaram à Mauritânia "na indiferença total das autoridades".
"Entre esta população figuram vários camponeses que residem até agora ao lado das suas terras de culturas, controladas por outros, pastores, funcionários, empregados de estabelecimentos públicos, trabalhadores do sector privado e informal, estudantes, alunos (.
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) A situação dos antigos trabalhadores dos estabelecimentos públicos continua particularmente preocupante", deplora o FONADH na sua declaração.
O Fórum afirma dispor de dados sobre esta questão e está pronto a dar o seu apoio no quadro da operação, "que deve envolver todas as associações de vítimas".
Na sequência dos confrontos interétnicos que fizeram várias centenas de vítimas de ambos lados do Rio Senegal, fronteira natural entre a Mauritânia e o Senegal, várias dezenas de milhares de negros mauritanos exilaram-se no Senegal e no Mali a partir de Abril de 1989, lembre-se.