PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG dúvida da vontade de erradicação de escravatura na Mauritânia
Paris- França (PANA) -- O presidente duma Organização Não Governamental (ONG) mauritana, designada Iniciativa para o Ressurgimento Abolicionista (IRA), Biram Dah Abeïd, exprimiu quarta- feira em Paris dúvidas sobre a vontade do Presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz, de erradicar a escravatura no país.
Numa entrevista à PANA, ele deplorou que, desde a criminalização da prática da escravatura em 2007, nenhum caso tivesse sido apresentado diante da Justiça.
"As leis mauritanas de luta contra a escravatura estão mais destinadas ao consumo da opinião internacional do que à luta contra este mal inadmissível nos nossos dias", declarou Abeïd.
Ele afirmou que a lei sobre a criminalização da escravatura se baseia numa vigarice que consiste em fazer do escravo a única pessoa habilitada a apresentar queixa contra o seu mestre e em proibir as associações anti-esclavagistas de os defender diante dos tribunais.
"As vítimas da escravatura são doutrinadas, elas são vítimas duma ideologia tradicional e duma concepção falsa da religião.
Hojem elas são incapazes moral e materialmente de fazer uma queixa", indignou-se Abeïd.
Ele disse não ser verdade dizer-se que uma queixa só é válida se provier unicamente do escravo.
"Em vários casos apresentados diante dos Tribunais, prosseguiu, os acusados conseguiram fazer passar os queixosos como autores de difamações".
"O escravo não tem direiro à educação, ele é criado na obediência e submissão, no castigo corporal e na violação.
Em suma, trata-se duma prática inaceitável que encontrou uma zona favorável num sistema racista e discriminatória", acrescentou o presidente da IRA.
Segundo ele, a abolição da escravatura só pode resultar numa campanha intensa de sensibilização do mestre e do escravo que acreditam, ambos, que a escravatura é um dogma da religião muçulmana.
Ele estimou serem precisas medidas económicas de acompanhamento para ajudar os escravos a romperem com o seu mestre.
No seu entender, por falta de meios, o escravo que abandona o seu mestre reata espontaneamente com este último por não poder garantir a sua própria subsistência.
Numa entrevista à PANA, ele deplorou que, desde a criminalização da prática da escravatura em 2007, nenhum caso tivesse sido apresentado diante da Justiça.
"As leis mauritanas de luta contra a escravatura estão mais destinadas ao consumo da opinião internacional do que à luta contra este mal inadmissível nos nossos dias", declarou Abeïd.
Ele afirmou que a lei sobre a criminalização da escravatura se baseia numa vigarice que consiste em fazer do escravo a única pessoa habilitada a apresentar queixa contra o seu mestre e em proibir as associações anti-esclavagistas de os defender diante dos tribunais.
"As vítimas da escravatura são doutrinadas, elas são vítimas duma ideologia tradicional e duma concepção falsa da religião.
Hojem elas são incapazes moral e materialmente de fazer uma queixa", indignou-se Abeïd.
Ele disse não ser verdade dizer-se que uma queixa só é válida se provier unicamente do escravo.
"Em vários casos apresentados diante dos Tribunais, prosseguiu, os acusados conseguiram fazer passar os queixosos como autores de difamações".
"O escravo não tem direiro à educação, ele é criado na obediência e submissão, no castigo corporal e na violação.
Em suma, trata-se duma prática inaceitável que encontrou uma zona favorável num sistema racista e discriminatória", acrescentou o presidente da IRA.
Segundo ele, a abolição da escravatura só pode resultar numa campanha intensa de sensibilização do mestre e do escravo que acreditam, ambos, que a escravatura é um dogma da religião muçulmana.
Ele estimou serem precisas medidas económicas de acompanhamento para ajudar os escravos a romperem com o seu mestre.
No seu entender, por falta de meios, o escravo que abandona o seu mestre reata espontaneamente com este último por não poder garantir a sua própria subsistência.