Agência Panafricana de Notícias

ONG denuncia medidas contra seus dirigentes detidos na Mauritânia

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – A Iniciativa de Ressurgência do Movimento Abolicionista (IRA), uma ONG anti-esclavagista mauritana, denunciou, quinta-feira numa declaração, "medidas punitivas" contra Birame Ould Dah Ould Abeid e Brahim Ould Ramdhane, dois dirigentes seus detidos.

"Restrições e medidas punitivas" são aplicadas contra os dois detidos há alguns dias "por instruções diretas do general Misghairou Ould Gweizi, comandante da Guarda Nacional", acusa a IRA.

Citando "fontes seguras", a ONG acrescenta que entre estas medidas figuram a proibição de visitas na prisão para Biram Ould Dah e Brahim Ould Ramdhane, o que, segundo ela, "traduz claramente a vontade do sistema racista em continuar a pressionar e perseguir os militantes da IRA tanto no interior das prisões como em liberdade".

Birame Ould Dah Ould Abeid, Prémio das Nações Unidas para os Direitos Humanos em 2013, que ocupou o segundo lugar nas presidenciais mauritanas de 21 de junho de 2014, cumpre uma pena de prisão de dois anos por distúrbio da ordem pública.

As supostas restrições e medidas denunciadas pela ONG anti-esclavagista mauritana surgem depois da evasão do mesmo estabelecimento carceral, a 31 de dezembro último, de Cheikh Ould Saleck, "um perigoso terrorista" condenado à pena capital, que é alvo de intensas buscas na Mauritânia e no vizinho Senegal.

-0- PANA SAS/JSG/CJB/TON 07jan2016