Nouakchott, Mauritânia (PANA) - A Associação das Mulheres Chefes de Famílias (AFCF), na Mauritânia, denunciou com veemência alegadas "manobras recorrentes", no país, para dissimular uma violação sexual seguida de gravidez de oito meses” de uma menor.
O caso teria ocorrido, na localidade de Adel Bagrou (província de Néma, mais de mil e 100 quilómetros a sudeste de Nouakchott), cujo presumível autor seria um membro “duma família de marabu influente", indica uma declaração publicada quarta-feira.
Um comandante de Brigada da Gendarmaria duma outra localidade do leste da Mauritânia está encarcerado na Prisão de Aioun El Atrouss (800 quilómetros a sudeste de Nouakchott), por presumível violação sexual contra uma menor de 12 anos de idade.
A AFCF lembra que estas violações sexuais e crimes perpetrados contra raparigas "oriundas maioritariamente de classes desfavorecidas e sem meios para se defender" acontecem num contexto marcado por um grande debate relativo à adoção duma lei de repressão da violência contra as mulheres e raparigas.
Uma maior parte da classe conservadora, alguns dos quais religiosos radicais, já iniciou uma campanha de difamação para impedir a adoção do texto pela Assembleia Nacional.
-0- PANA SAS/IS/FK/IZ 27maio2020