PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG cabo-verdiana desenvolve projeto de repovoamento da fauna de ilha deserta
Praia, Cabo Verde (PANA) - A Organização não Governamental (ONG) ambientalista cabo-verdiana, Biosfera I, está a desenvolver um projeto científico com vista ao repovoamento da fauna da ilha de Santa Luzia, a única das nove do arquipélago de Cabo Verde que não é habitada, apurou a PANA de fonte autorizada.
Trata-se de um projeto que a Biosfera I está a desenvolver em parceria com a ONG britânica Royal Society for the Protection of Birds (RSPB), instituição que disponibiliza recursos financeiros e humanos nessa ação de proteção da vida animal e de preservação de uma reserva ecológica ameaçada.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde, o ambientalista José Melo da Biosfera I, precisou que o objetivo da ONG é, em três anos, recolocar em Santa Luzia espécies de aves e répteis que em tempos ali viveram, mas que desapareceram dessa parcela do território cabo-verdiano devido à predação humana (sobretudo pescadores que arribam ao local) e de gatos selvagens, que entretanto se espalharam pela ilha.
Segundo o ambientalista, durante todo o passado mês de setembro, quatro investigadores da RSPB estiveram no terreno a estudar os hábitos dos gatos selvagens, cujos movimentos serão seguidos, graças à colocação de xhips nesses animais.
O processo irá terminar com a captura dos gatos e a sua posterior transferência para a vizinha ilha de São Vicente.
Os técnicos ingleses investigaram também o habitat das espécies animais, que outrora viviam em Santa Luzia e que agora vivem no vizinho ilhéu Raso, para saberem se existem atualmente na primeira as mesmas condições de sobrevivência das espécies, com vista a à sua reintrodução nessa ilha.
José Melo garantiu que os dados recolhidos e analisados em laboratórios de campanha pelos investigadores da RSPB apontam para o sucesso da operação, que, nas fases seguintes, irá envolver também outras instituições científicas.
O projeto de retribuição à Santa Luzia da sua população de aves e répteis deverá arrancar em janeiro de 2013, altura em que, em princípio, estará desbloqueado o seu financiamento que tem um plano de implementação de três anos.
A Biosfera I conta com a colaboração das comunidades de pescadores que operam na região onde se situa a ilha de Santa Luzia e dos serviços governamentais afetos aos sectores do ambiente, das pescas e da vigilância marítima, para que a operação venha ter os resultados esperados.
Para o efeito, a ONG ambientalista quer trabalhar num plano de fiscalização e vigilância da área marinha protegida de Santa Luzia para que o repovoamento da ilha possa ser bem sucedido e não ser afetado pela predação humana.
A Biosfera I é uma associação sem fins lucrativos criada em 2006, na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente do arquipélago de Cabo Verde.
O principal objetivo da ONG é a proteção do ambiente, com especial foco nos ecossistemas marinhos e na fauna a estes associada.
Neste âmbito, a Biosfera I tem vindo a realizar campanhas anuais de preservação da cagarra, espécie única no mundo e que só existe nas ilhas de Cabo Verde, mas que está em perigo de extinção.
-0- PANA CS/IZ 08nov2012
Trata-se de um projeto que a Biosfera I está a desenvolver em parceria com a ONG britânica Royal Society for the Protection of Birds (RSPB), instituição que disponibiliza recursos financeiros e humanos nessa ação de proteção da vida animal e de preservação de uma reserva ecológica ameaçada.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde, o ambientalista José Melo da Biosfera I, precisou que o objetivo da ONG é, em três anos, recolocar em Santa Luzia espécies de aves e répteis que em tempos ali viveram, mas que desapareceram dessa parcela do território cabo-verdiano devido à predação humana (sobretudo pescadores que arribam ao local) e de gatos selvagens, que entretanto se espalharam pela ilha.
Segundo o ambientalista, durante todo o passado mês de setembro, quatro investigadores da RSPB estiveram no terreno a estudar os hábitos dos gatos selvagens, cujos movimentos serão seguidos, graças à colocação de xhips nesses animais.
O processo irá terminar com a captura dos gatos e a sua posterior transferência para a vizinha ilha de São Vicente.
Os técnicos ingleses investigaram também o habitat das espécies animais, que outrora viviam em Santa Luzia e que agora vivem no vizinho ilhéu Raso, para saberem se existem atualmente na primeira as mesmas condições de sobrevivência das espécies, com vista a à sua reintrodução nessa ilha.
José Melo garantiu que os dados recolhidos e analisados em laboratórios de campanha pelos investigadores da RSPB apontam para o sucesso da operação, que, nas fases seguintes, irá envolver também outras instituições científicas.
O projeto de retribuição à Santa Luzia da sua população de aves e répteis deverá arrancar em janeiro de 2013, altura em que, em princípio, estará desbloqueado o seu financiamento que tem um plano de implementação de três anos.
A Biosfera I conta com a colaboração das comunidades de pescadores que operam na região onde se situa a ilha de Santa Luzia e dos serviços governamentais afetos aos sectores do ambiente, das pescas e da vigilância marítima, para que a operação venha ter os resultados esperados.
Para o efeito, a ONG ambientalista quer trabalhar num plano de fiscalização e vigilância da área marinha protegida de Santa Luzia para que o repovoamento da ilha possa ser bem sucedido e não ser afetado pela predação humana.
A Biosfera I é uma associação sem fins lucrativos criada em 2006, na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente do arquipélago de Cabo Verde.
O principal objetivo da ONG é a proteção do ambiente, com especial foco nos ecossistemas marinhos e na fauna a estes associada.
Neste âmbito, a Biosfera I tem vindo a realizar campanhas anuais de preservação da cagarra, espécie única no mundo e que só existe nas ilhas de Cabo Verde, mas que está em perigo de extinção.
-0- PANA CS/IZ 08nov2012