PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG adverte de aumento de "turbilhão extremista" na Mauritânia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - A Iniciativa de Resistência do Movimento Abolicionista (IRA), uma ONG anti-escravidão, adverte da ascensão do "turbilhão extremista religioso" na Mauritânia, de acordo com uma nota a que a PANA teve acesso.
Esta organização observa, com grande preocupação, que, "insensivelmente, a opinião pública está a afundar-se num fanatismo exagerado, banalizando, de fato, a incitação ao assassinato e ao recurso à justiça privada.
"Personalidades famosas falam em público para reclamar pela cabeça do chefe de Estado, Mohamed Ould M'Kheitir, mesmo depois da sua libertação teórica. Voluntários, pretensamente movidos pelo amor ao profeta (Maomé, do Islão), oferecendo um prémio a um eventual carrasco garantindo que nenhum será, naturalmente, prosseguido", referiu a IRA.
A nota de advertência do movimento abolicionista evoca assim o caso de Mohamed Cheikh Ould M'Kheitir, um jovem blogueiro mauritano condenado por "apostasia" por um tribunal criminal e condenado à morte em janeiro de 2014, sentença anulada em apelo a 09 de novembro último por um tribunal em Nouadhibou (norte) a 9 de novembro último.
A decisão do tribunal de apelação foi veementemente contestada nas ruas por manifestantes que reclamavam por uma pena de morte para o blogueiro.
Após este novo episódio, o Governo mauritano decidiu endurecer a lei penal contra a "apostasia", fazendo com que os culpados não possam escapar à pena de morte, mesmo se se arrependerem.
-0- PANA SAS/DIM/DD 24nov2017
Esta organização observa, com grande preocupação, que, "insensivelmente, a opinião pública está a afundar-se num fanatismo exagerado, banalizando, de fato, a incitação ao assassinato e ao recurso à justiça privada.
"Personalidades famosas falam em público para reclamar pela cabeça do chefe de Estado, Mohamed Ould M'Kheitir, mesmo depois da sua libertação teórica. Voluntários, pretensamente movidos pelo amor ao profeta (Maomé, do Islão), oferecendo um prémio a um eventual carrasco garantindo que nenhum será, naturalmente, prosseguido", referiu a IRA.
A nota de advertência do movimento abolicionista evoca assim o caso de Mohamed Cheikh Ould M'Kheitir, um jovem blogueiro mauritano condenado por "apostasia" por um tribunal criminal e condenado à morte em janeiro de 2014, sentença anulada em apelo a 09 de novembro último por um tribunal em Nouadhibou (norte) a 9 de novembro último.
A decisão do tribunal de apelação foi veementemente contestada nas ruas por manifestantes que reclamavam por uma pena de morte para o blogueiro.
Após este novo episódio, o Governo mauritano decidiu endurecer a lei penal contra a "apostasia", fazendo com que os culpados não possam escapar à pena de morte, mesmo se se arrependerem.
-0- PANA SAS/DIM/DD 24nov2017