Agência Panafricana de Notícias

OMS intensifica resposta à ébola na Guiné-Conakry

Conakry, Guiné (PANA) - Enquanto a epidemia da febre hemorrágica de ébola continua a fazer mortos na Guiné, com 101 falecimentos dos 157 casos registados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou estar a trabalhar com os seus parceiros para intensificar os esforços com vista a conter esta doença cuja taxa de letalidade pode atingir 90 porcento.

Para o efeito, a OMS organizou quarta-feira uma sessão de formação intensiva para um primeiro grupo de 70 pessoas, que vão deslocar-se às comunidades para acompanhar as pessoas que tenham tido contactos estreitos com pacientes confirmados da infeção do vírus de ébola.

Muito antes, a OMS formou igualmente pessoal de saúde de diferentes serviços do hospital universitário nacional de Donka, para lutar contra a infeção.

Um estágio de formação similar terá lugar em outras infraestruturas de saúde nos próximos dias.

A OMS indica, num despacho divulgado desde Conakry, na Guiné, estar a criar um centro operacional de alerta e de resposta no seio do Ministério guineense da Saúde (MGS) para centralizar a coordenação de todas as atividades ligadas à deteção, à pesquisa, ao transporte, à hospitalização dos casos suspeitos e ao enterro das vítimas.

Além disso, uma equipa da OMS continua a prestar o seu apoio à Médicos Sem Fronteiras (MSF) e ao MGS em termos de assistência clínica dos pacientes na unidade de isolamento do hospital de Donka.

Mais de 50 pessoas estão no terreno para apoiar o MGS e outros parceiros a dar assistência clínica aos pacientes, encontrar-se com as pessoas que tenham tido contacto com os pacientes, supervisionar a evolução da doença, prestar um trabalho de laboratório e logística bem como partilhar informações e comunicação e fazer a mobilização social.

Desde o seu aparecimento, a doença propagou-se em seis distritos do país, incluindo Conakry, a capital.

A febre de ébola é uma doença viral muito grave, que se carateriza por uma forte febre, dores musculares, dores de cabeça, náuseas e dores de garganta.

Estes sintomas podem ser acompanhados de diarreias, vômitos, insuficiência renal e alguns casos de hemorragias internas e externas.

Não existe até agora nenhuma vacina nem tratamento específico desta doença infeciosa.

-0- PANA SEG/NFB/JSG/MAR/IZ 10abril2014