OMS anuncia 39 óbitos ligados a Ébola no Uganda
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, quarta-feira, o registo de 54 casos de Ébola confirmados e 20 casos prováveis, 39 mortos e 14 curados, declarou o diretor-geral da referida instituição, Tedros Adhanon Ghebreyesus.
Num briefing semanal com a imprensa sobre a situação da saúde mundial, em Genebra (Suíca), Ghebreyesus frisou que a cidade capital do Uganda, Kampala, acaba de recensear a sua primeira morte ligada a Ébola.
A vítima é a 19.ª pessoa, do sexo masculino, a morrer do surto, embora outras 20 mortes tenham sido consideradas como "prováveis", disse a OMS.
Explicou que, segundo autoridades de saúde do Uganda, depois de desenvolver sintomas, o homem fugiu da sua aldeia e visitou um curandeiro tradicional numa outra região.
Ele morreu em Kiruddu, um hospital nacional de referência, sexta-feira última, mas a sua morte só será confirmada terça-feira última, revelou a OMS, acrescentando que mais de 660 contactos deste último estão atualmente a ser acompanhados ativatimente.
"A OMS continua a ajudar o Governo a fazer face a um surto de Ébola em cinco distritos", disse o DG da OMS, citado num website da sua instituiçāo.
“O nosso principal objetivo agora é apoiar o Governo de Uganda para controlar e conter rapidamente esta epidemia de Ebola, a fim de evitar que ela se espalhe para distritos e países vizinhos”, acrescentou o chefe da OMS.
Para evitar a propagação da epidemia para os países vizinhos, uma reunião de emergência de alto nível reuniu, quarta-feira, em Kampala, os ministros da Saúde de 11 países africanos para debaterem a colaboração transfronteiriça em matéria de preparação e resposta à doença de Ébola.
Segundo a OMS, o objetivo desta reunião é reforçar e melhorar a colaboração e coordenação para a preparação e resposta transfronteiriças ao surto de Ébola e outras emergências de saúde pública.
Nessa ocasião, o DG da OMS indicou que um ensaio clínico de vacinas susceptíveis de combater a estirpe sudanesa de Ébola que está na origem da epidemia no Uganda poderá começar nas próximas semanas.
O principal e atual objetivo da OMS é "controlar e conter rapidamente esta epidemia para proteger os distritos vizinhos, bem como os países vizinhos", disse Tedros, sem dar detalhes das vacinas a serem usadas ou de empresas que os desenvolveram.
“Infelizmente, as vacinas contra o vírus Ébola que foram eficazes no controlo de surtos recentes na RDCongo não são eficazes contra o tipo de Ébola responsável pelo atual surto no Uganda”, concluiu.
A OMS disse ter disponibilizado 2.000.000 do seu Fundo de Socorro para Emergências e estar a trabalhar com parceiros a fim de apoiar o Ministério ugandês da Saúde com especialistas, apatrechos e recursos adicionais.
Para ajudar os países vizinhos a Kampala a prepararem-se, a OMS também desembolsou 3.000.000 dólares americanos adicionais do Fundo de Socorro para Emergências.
-0- PANA TNDD/MAR/DD 13out2022