Agência Panafricana de Notícias

OMS alerta para ressurgimento do sarampo em África

Bamako- Mali (PANA) -- Mais de 22 mil 360 casos de sarampo foram assinalados de Janeiro a Março passado em 16 países da África ocidental e Central, indica um comunicado conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), transmitido segunda-feira à PANA.
Estes casos fizeram 185 mortos, lê-se na nota.
Segundo as duas instituições onusinas, as campanhas de seguimento da vacinação contra a doença, carecem de cerca de 30 bilhões de FCFA (mais de 61 milhões de dólares americanos) a nível mundial e de 16 biliões de FCFA (mais de 32 milhões de dólares americanos) para a África.
Estas disparidades financeiras, estimam as duas organizações, expõem as crianças ao risco e tornam necessária uma resposta apropriada dos doadores de fundos e de Governos.
O UNICEF e a OMS assinalam que os esforços dos Governos africanos, com o apoio da Iniciativa Sarampo levada a cabo pela Cruz Vermelha Americana e pela Fundação das Nações Unidas, levaram a uma redução de 92 porcento dos casos entre 2000 e 2008 em África.
Na África Ocidental e Central, a maioria dos países apenas vacinaram 80 porcento ou menos da sua população através da vacinação de rotina contra 95 porcento recomendados.
De acordo com as duas organizações, as crianças que não foram vacinadas fazem geralmente parte das comunidades mais vulneráveis, mais pobres e as cujo acesso a serviços de saúde é insuficiente, nomeadamente nos centros periurbanos e nas zonas rurais.
Estas crianças são geralmente abrangidas apenas pelos serviços em stratégia avançada.
A OMS e o UNICEF sublinham que a observação, no ano transacto, dum resurgimento maior do sarampo no Burkina Faso, ocasionou mais de 500 mil casos e 340 falecimentos.
Os aumentos localizados no Benin, na Guiné-Conakry, no Mali, no Níger e no Senegal ocasionaram igualmente 16 mil 808 casos e 68 falecimentos.
O ano 2010 é considerado como ano crucial para a realização dos objectivos das Nações Unidas visando a redução para 90 porcento da mortalidade ligada à sarampo entre 2000 e 2010.