PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
OMS alerta Cabo Verde para considerar transição do setor da saúde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde, Mariano Salazar Castellon, alertou as autoridades cabo-verdianas para a necessidade de pensar a transição do setor da saúde, depois que o arquipélago passou a ser um país de desenvolvimento médio.
Segundo Mariano Salazar Castellon, um país com estas caraterísticas deve estar atento à “convivência” com doenças transmissíveis e as não transmissíveis.
O representante da OMS falava à imprensa, na semana finda, após uma audiência com o presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso Ramos, que abordou a transição da saúde.
Ele disse ter analisado com este último as caraterísticas que Cabo Verde tem, em termos de transição da saúde para um país classificado como sendo de desenvolvimento médio, mas que ainda convive com doenças transmissíveis como a tuberculose, a malária, a lepra e a sida.
Por outro lado, indicou, já começa a ser importante o papel que as doenças não transmissíveis como o cancro, a hipertensão e outras estão a jogar no setor.
Durante a sua audiência com Ramos, também ex-ministro da Saúde, foram ainda abordadas questões relativas à contribuição da saúde para o desenvolvimento do país no que respeita à competitividade, ao desenvolvimento humano e à construção da democracia.
Referiu-se, ainda, à necessidade de o arquipélago começar a colocar na sua agenda doenças não tradicionais como o alcoolismo, hoje considerado como um grande problema da saúde pública, bem como a situação da violência e as suas implicações para o setor.
“Temos a grande vantagem de que o presidente da Assembleia Nacional foi, em tempos, ministro da saúde, daí que temos visões comuns acerca do setor”, reconheceu Mariano Salazar Castellon.
Ele precisou que “a primeira visão é que vimos a saúde como um produto social, produzido não só pelo serviço que faz o Ministério, mas também pelo reforço do engajamento do Governo, representantes da sociedade civil, locais, entre outros”.
O representante da OMS afirmou que o facto de Basílio Ramos ser o homem que está à frente da instituição que aprova leis e decretos, como grandes arquétipos de referência para o desenvolvimento do país, levou-lhe a apelar para o seu bom senso para o papel que o Parlamento possa desempenhar, contribuindo para o desenvolvimento da saúde em Cabo Verde.
Nesta matéria, defendeu que Cabo Verde precisa de desenvolver o setor, por ser considerado um líder no âmbito da região africana em termos de desenvolvimento da saúde.
Neste sentido, ele avançou como desafios a vencer, concretamente, o aprimoramento da qualidade de atendimento, a organização de sistemas locais de saúde e o saneamento de alguns focos no setor.
Mariano Salazar Castellon deu alguns exemplos do “bom desempenho” de Cabo Verde na eliminação do paludismo, adiantando que o arquipélago tem todas as condições para ainda atingir a eliminação, caso assim o entender.
“Para isso, precisam de dar passos firmes no combate aos focos e convertê-lo na agenda política como uma problemática da sociedade cabo-verdiana, do Governo e parceiros. Isso é possível, mas necessita de vontade política para poder avançar”, indicou.
O representante da OMS confirmou também o “avanço significativo” no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) no setor da saúde, mas admitiu a necessidade de se aprimorar os programas para a fase pós-objetivos.
Exemplificou com medidas como as que o Ministério da Saúde está a levar a cabo para combater as mortes pré-natais em Cabo Verde, um dos domínios onde o arquipélago ainda na conseguiu atingir a meta preconizada pelos ODM.
-0- PANA CS/IZ 17jan2015
Segundo Mariano Salazar Castellon, um país com estas caraterísticas deve estar atento à “convivência” com doenças transmissíveis e as não transmissíveis.
O representante da OMS falava à imprensa, na semana finda, após uma audiência com o presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso Ramos, que abordou a transição da saúde.
Ele disse ter analisado com este último as caraterísticas que Cabo Verde tem, em termos de transição da saúde para um país classificado como sendo de desenvolvimento médio, mas que ainda convive com doenças transmissíveis como a tuberculose, a malária, a lepra e a sida.
Por outro lado, indicou, já começa a ser importante o papel que as doenças não transmissíveis como o cancro, a hipertensão e outras estão a jogar no setor.
Durante a sua audiência com Ramos, também ex-ministro da Saúde, foram ainda abordadas questões relativas à contribuição da saúde para o desenvolvimento do país no que respeita à competitividade, ao desenvolvimento humano e à construção da democracia.
Referiu-se, ainda, à necessidade de o arquipélago começar a colocar na sua agenda doenças não tradicionais como o alcoolismo, hoje considerado como um grande problema da saúde pública, bem como a situação da violência e as suas implicações para o setor.
“Temos a grande vantagem de que o presidente da Assembleia Nacional foi, em tempos, ministro da saúde, daí que temos visões comuns acerca do setor”, reconheceu Mariano Salazar Castellon.
Ele precisou que “a primeira visão é que vimos a saúde como um produto social, produzido não só pelo serviço que faz o Ministério, mas também pelo reforço do engajamento do Governo, representantes da sociedade civil, locais, entre outros”.
O representante da OMS afirmou que o facto de Basílio Ramos ser o homem que está à frente da instituição que aprova leis e decretos, como grandes arquétipos de referência para o desenvolvimento do país, levou-lhe a apelar para o seu bom senso para o papel que o Parlamento possa desempenhar, contribuindo para o desenvolvimento da saúde em Cabo Verde.
Nesta matéria, defendeu que Cabo Verde precisa de desenvolver o setor, por ser considerado um líder no âmbito da região africana em termos de desenvolvimento da saúde.
Neste sentido, ele avançou como desafios a vencer, concretamente, o aprimoramento da qualidade de atendimento, a organização de sistemas locais de saúde e o saneamento de alguns focos no setor.
Mariano Salazar Castellon deu alguns exemplos do “bom desempenho” de Cabo Verde na eliminação do paludismo, adiantando que o arquipélago tem todas as condições para ainda atingir a eliminação, caso assim o entender.
“Para isso, precisam de dar passos firmes no combate aos focos e convertê-lo na agenda política como uma problemática da sociedade cabo-verdiana, do Governo e parceiros. Isso é possível, mas necessita de vontade política para poder avançar”, indicou.
O representante da OMS confirmou também o “avanço significativo” no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) no setor da saúde, mas admitiu a necessidade de se aprimorar os programas para a fase pós-objetivos.
Exemplificou com medidas como as que o Ministério da Saúde está a levar a cabo para combater as mortes pré-natais em Cabo Verde, um dos domínios onde o arquipélago ainda na conseguiu atingir a meta preconizada pelos ODM.
-0- PANA CS/IZ 17jan2015