PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
OMS adota nova estratégia de luta contra HIV/Sida
Genebra, Suíça (PANA) – A Assembleia Mundial da Saúde (AMS), órgão de decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), adotou uma nova estratégia global de luta contra o HIV, no quadro das 28 resoluções e das três decisões adotadas durante a sua 64ª sessão encerrada terça-feira à tarde em Genebra.
A Estratégia Mundial do setor da saúde sobre o HIV/Sida, de 2011 a 2015, vai orientar as ações da OMS e dos países no mundo para uma fase crítica para o futuro da riposta, indica o comunicado divulgado no termo desta reunião.
Segundo a nota, pelo menos quatro milhões 200 mil novas infeções poderão ser evitadas e dois milhões de vidas salvas, se as recomendações atuais sobre o tratamento do HIV forem totalmente aplicadas durante o período de 2011 a 2015.
No quadro desta nova estratégia, a OMS tenciona promover cada vez mais inovações face ao HIV nos serviços de prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados para que os países possam atingir a meta do acesso universal aos serviços contra este vírus.
No que diz respeito à malária, que mata anualmente milhões de pessoas em África, a AMS adotou uma resolução que apela aos Estados-membros para continuar a atribuir a esta doença uma posição prioritária nos programas políticos e de desenvolvimento, a fim de preservar os progressos consideráveis realizados durante a última década e exortando os parceiros internacionais a garantir um financiamento mundial apropriado e previsível para poder atingir os alvos mundiais da luta antipalúdica para 2015.
Sobre a poliomielite, a comunidade sanitária mundial demonstrou o seu compromisso a favor da erradicação deste flagelo e sublinhou os progressos significativos realizados desde o lançamento do novo plano estratégico e da nova vacina oral bivalente contra o poliovírus em 2010.
Na Índia e na Nigéria que estão na origem de todas as importações do poliovírus selvagem em países antes isentos desta doença nestes últimos anos os casos de poliomielite diminuíram 95 porcento entre 2009 e 2010.
Os delegados pediram uma ação resoluta das autoridades políticas a níveis nacional e internacional para aplicar as estratégias de erradicação da poliomielite e sublinharam a necessidade de os países reforçarem sensivelmente a vacinação sistemática.
Os delegados e outros parceiros engajaram-se num longo debate sobre as doenças não transmissíveis (DNT) como a diabete, as cardiopatias, os derrames cerebrais, os cancros e as doenças respiratórias crónicas.
As DNT representam atualmente um dos principais desafios para a saúde e o desenvolvimento e são a causa de mais de 60 porcento da mortalidade mundial.
Os delegados aprovaram por unanimidade uma resolução da Assembleia da Saúde sobre a preparação da reunião de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a prevenção e controlo das doenças não transmissíveis que deverá realizar-se em setembro próximo.
Instaram os chefes de Estado e de Governo a participar nesta reunião em Nova Iorque (Estados Unidos).
Enquanto milhares de pessoas morreram devido a epidemias de cólera em África e noutras regiões do mundo nos últimos dias, esta doença reteve igualmente a atenção da assembleia, que concluiu que ela continuava a ser uma ameaça à saúde pública em vários países e que a sua incidência estava a aumentar.
Os Estados-membros sublinharam a necessidade de relançar o Grupo Especial Mundial de Luta contra a Cólera e de reforçar as medidas de sensibilização.
A Assembleia Mundial da Saúde adotou uma resolução visando relançar os esforços sobre a água sem risco, o saneamento e a saúde, após constatar que as doenças de origem hídrica continuam a provocar dois milhões de mortes anuais.
No quadro doutras decisões, foi declarado o apoio aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) ligados à saúde através das resoluções e dos relatórios sobre a estratégia de imunização, a nutrição para bebés e crianças, a prevenção dos traumatismos dos petizes, a gestão sem risco da água potável, a malária e a apresentação do relatório final da Comissão de Informação e Responsabilização em Matéria de Saúde da Mulher e da Criança.
A Assembleia congratulou-se igualmente com o relatório final da Comissão de Informação e Responsabilização em Matéria de Saúde da Mulher e da Criança e decidiu que as 10 recomendaões contidas neste relatório reforçarão a probabilidade do respeito das promessas e a contribuirão para garantir que os recursos sejam gastos de forma mais eficaz para salvar vidas.
O orçamento da OMS de três biliões 959 milhões de dólares americanos para 2012 a 2013 foi igualmente examinado e adotado, ao passo que o programa proposto de reformas da OMS suscitou um vivo debate na Assembleia.
Além de dois mil 770 delegados, dos quais ministros da Saúde e altos responsáveis da saúde dos 192 Estados-membros da OMS, de Organizações não Governamentais, de associações da sociedade civil e outros observadores participaram nesta 64ª sessão de oito dias.
« Eu acho que esta Assembleia foi particularmente frutuosa e eficaz « , declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, notando que os trabalhos da Assembleia Mundial da Saúde têm um impacto considerável sobre a saúde do mundo.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/FK/IZ 25maio2011
A Estratégia Mundial do setor da saúde sobre o HIV/Sida, de 2011 a 2015, vai orientar as ações da OMS e dos países no mundo para uma fase crítica para o futuro da riposta, indica o comunicado divulgado no termo desta reunião.
Segundo a nota, pelo menos quatro milhões 200 mil novas infeções poderão ser evitadas e dois milhões de vidas salvas, se as recomendações atuais sobre o tratamento do HIV forem totalmente aplicadas durante o período de 2011 a 2015.
No quadro desta nova estratégia, a OMS tenciona promover cada vez mais inovações face ao HIV nos serviços de prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados para que os países possam atingir a meta do acesso universal aos serviços contra este vírus.
No que diz respeito à malária, que mata anualmente milhões de pessoas em África, a AMS adotou uma resolução que apela aos Estados-membros para continuar a atribuir a esta doença uma posição prioritária nos programas políticos e de desenvolvimento, a fim de preservar os progressos consideráveis realizados durante a última década e exortando os parceiros internacionais a garantir um financiamento mundial apropriado e previsível para poder atingir os alvos mundiais da luta antipalúdica para 2015.
Sobre a poliomielite, a comunidade sanitária mundial demonstrou o seu compromisso a favor da erradicação deste flagelo e sublinhou os progressos significativos realizados desde o lançamento do novo plano estratégico e da nova vacina oral bivalente contra o poliovírus em 2010.
Na Índia e na Nigéria que estão na origem de todas as importações do poliovírus selvagem em países antes isentos desta doença nestes últimos anos os casos de poliomielite diminuíram 95 porcento entre 2009 e 2010.
Os delegados pediram uma ação resoluta das autoridades políticas a níveis nacional e internacional para aplicar as estratégias de erradicação da poliomielite e sublinharam a necessidade de os países reforçarem sensivelmente a vacinação sistemática.
Os delegados e outros parceiros engajaram-se num longo debate sobre as doenças não transmissíveis (DNT) como a diabete, as cardiopatias, os derrames cerebrais, os cancros e as doenças respiratórias crónicas.
As DNT representam atualmente um dos principais desafios para a saúde e o desenvolvimento e são a causa de mais de 60 porcento da mortalidade mundial.
Os delegados aprovaram por unanimidade uma resolução da Assembleia da Saúde sobre a preparação da reunião de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a prevenção e controlo das doenças não transmissíveis que deverá realizar-se em setembro próximo.
Instaram os chefes de Estado e de Governo a participar nesta reunião em Nova Iorque (Estados Unidos).
Enquanto milhares de pessoas morreram devido a epidemias de cólera em África e noutras regiões do mundo nos últimos dias, esta doença reteve igualmente a atenção da assembleia, que concluiu que ela continuava a ser uma ameaça à saúde pública em vários países e que a sua incidência estava a aumentar.
Os Estados-membros sublinharam a necessidade de relançar o Grupo Especial Mundial de Luta contra a Cólera e de reforçar as medidas de sensibilização.
A Assembleia Mundial da Saúde adotou uma resolução visando relançar os esforços sobre a água sem risco, o saneamento e a saúde, após constatar que as doenças de origem hídrica continuam a provocar dois milhões de mortes anuais.
No quadro doutras decisões, foi declarado o apoio aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) ligados à saúde através das resoluções e dos relatórios sobre a estratégia de imunização, a nutrição para bebés e crianças, a prevenção dos traumatismos dos petizes, a gestão sem risco da água potável, a malária e a apresentação do relatório final da Comissão de Informação e Responsabilização em Matéria de Saúde da Mulher e da Criança.
A Assembleia congratulou-se igualmente com o relatório final da Comissão de Informação e Responsabilização em Matéria de Saúde da Mulher e da Criança e decidiu que as 10 recomendaões contidas neste relatório reforçarão a probabilidade do respeito das promessas e a contribuirão para garantir que os recursos sejam gastos de forma mais eficaz para salvar vidas.
O orçamento da OMS de três biliões 959 milhões de dólares americanos para 2012 a 2013 foi igualmente examinado e adotado, ao passo que o programa proposto de reformas da OMS suscitou um vivo debate na Assembleia.
Além de dois mil 770 delegados, dos quais ministros da Saúde e altos responsáveis da saúde dos 192 Estados-membros da OMS, de Organizações não Governamentais, de associações da sociedade civil e outros observadores participaram nesta 64ª sessão de oito dias.
« Eu acho que esta Assembleia foi particularmente frutuosa e eficaz « , declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, notando que os trabalhos da Assembleia Mundial da Saúde têm um impacto considerável sobre a saúde do mundo.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/FK/IZ 25maio2011