OIM condena morte de seus trabalhadores humanitários no Sudão do Sul
Nairobi, Quénia (PANA) - A Organização Internacional para as Migrações (OIM) condenou quarta-feira a morte domingo último de três dos seus trabalhadores humanitários, na localidade de Morobo, no Sudão do Sul.
Os três trabalhadores humanitários foram abatidos durante combates entre grupos armados, anunciou a agência da ONU para as migrações.
A localidade de Morobo está na província do Equador Central.
"Estamos profundamente entristecidos com a perda dos nossos colegas e apresentamos as nossas sentidas condolências às suas famílias e aos seus amigos”, declarou o chefe da missão da OIM no Sudão do Sul, Jean-Philippe Chauzy.
O responsável pediu que todos os autores destes atos de violência insensatos contra civis e trabalhadores humanitários inocentes sejam levados à Justiça.
Os voluntários, uma mulher e dois homens, foram apanhados num fogo cruzado durante confrontos que eclodiram na manhã de 27 de outubro corrente, em Isebi, declarou a OIM.
Dois outros voluntários sofreram lesões que não põem as suas vidas em perigo, estando um deles a recuperar de um ferimento a tiro
Uma mulher benévola e o filho da empregada humanitária morta, de quatro anos de idade, foram raptados durante o ataque, o seu paradeiro continua desconhecido.
Os trabalhadores humanitários da OIM trabalhavam em centros de despistagem do vírus de Ébola nas zonas fronteiriças entre o Sudão do Sul, o Uganda e a RD Congo, para seguir a propagação desta doença mortal.
A agência reafirmou o seu compromisso de servir a população do Sudão do Sul.
O diretor-geral da OIM, António Vitorino, exprimiu a sua “ profunda dor e a sua pena” face aos ataques perpetrados contra civis.
Vitorino declarou que os trabalhadores humanitários e os civis não deverão ser submetidos a tais atos de violência hediondos.
A agência das Nações Unidas suspendeu a despistagem do vírus de Ébola em cinco pontos de entrada, designadamente Isebi, Bazi, Kirikwa, Lasu e Okaba.
-0- PANA DJ/AR/AKA/TBM/FK/IZ 31out2019