PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
OGDD denuncia intensificação de trafico de droga no Senegal
Dakar- Senegal (PANA) -- As apreensões de droga, sob várias formas, registadas no Senegal de 2008 ao primeiro semestre de 2009, estimam-se em 12 mil 782 quilos e 232 gramas, equivalentes a 511 milhões 758 mil 900 francos CFA (mais de um milhão de dólarés americanos), revela um relatório do Observatório Geoestratégico das Drogas e Desvio (OGDD).
O relatório foi divulgado no termo dum encontro ministerial sobre o tráfico ilícito de estupefacientes na África Ocidental, realizado de 13 a 15 de Fevereiro corrente em Dakar.
O documento radiografia a situação nacional do tráfico de droga no Senegal e a evolução dos confiscos de droga desde 2000, nomeadamente no que diz respeito ao cannabis, ao haxixe, ao óleo de haxixe, à heroína, à cocaína e a substâncias psicotrópicas.
Segundo o OGDD, o Senegal é muito visado pelas redes internacionais estruturadas para fazer passar a sua droga por vias terrestre, aérea e marítima, devido à sua situação geográfica no cruzamento dos caminhos marítimos e aéreos em relação à Europa, à América e à Ásia.
Um outro factor favorável a este mal é a posição geográfica do seu aeroporto internacional Léopold Sédar e do Porto Autónomo de Dakar, de acordo com o relatório.
A estes factores se junta o princípio dos acordos da Comunidade Económico dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que consagra a livre circulação de pessoas e bens em todo o seu espaço regional.
Para o cannabis, de 2000 a 2005, 80 por cento das apreensões dizem respeito à variedade denominada "niakoye" cultivada no sul do Senegal ao passo que 19 por cento concernem à a variedade "marron" proveniente do Gana via Mali, e um por cento tem a ver com a variedade "fogny" produzida na Gâmbia.
Uma tendência que acabou por inverter a partir de 2006, durante a qual 80 por cento incluíram a variedade "marron" contra 19 por cento para o "fogny" e um por cento para o "niakoye", segundo o relatório, que acrescenta que todas as apreensões efectuadas na capital senegalesa, Dakar, e nas províncias concerniram ao "marron" desde 2006 ao passo que o "niakoye" foi apreendido em Casamança, no sul do país.
"Para o cannabis, os traficantes são maioritariamente Senegaleses, Malianos e Gambianos, ao passo que os Guineenses (Conakry) evoluem na venda a retalho, contrariamente ao haxixe e ao óleo de haxixe que não se implantam no Senegal pois são manipulados por Mauritanos, Marroquinos e Paquistaneses que passam pelo Senegal rumo a outros países", indica o documento.
A situação leva a presidente do OGDD, Hawa Diallo, a dizer que o cannabis se tornou actualmente no primeiro produto, objecto do tráfico ilícito na África Ocidental, apesar dum desenvolvimento exponencial da cocaína cujas quantidades que transitam pela África Ocidental se estimam em 2008, em 50 toneladas, segundo a Organização das Nações Unidas contra a Droga e Crime (ONUDC).
Durante o mesmo período, outros tipos de droga, dos quais o haxixe, o óleo de haxixe, a heroína, a cocaína e substâncias psicotrópicas, deram igualmente entrada no Senegal.
Quanto à heroína, o mesmo estudo mostra que todos os confiscos provinham da Nigéria, do Paquistão, do Afeganistão ou da Índia para ser vendidos no Senegal.
No total, entre 2000 e 2006, as quantidades de cannabis confiscados foram avaliadas no Senegal em 27 mil 769 quilo 616 gramas, ou seja um valor de um bilião 120 milhões 619 mil 840 francos FCA (mais de dois milhoões de dólares americanos).
Relativamente ao haxixe e ao óleo de haxixe, as estatísticas revelam 15 mil 779 quilos 830 gramas, ou seja 12 biliões 770 milhões de francos CFA (mais de 26 milhões de dólares americanos) e as substâncias psicotrópicas estimadas em 526 quilos 351 gramas ou seja 53 milhões 456 mil 600 francos CFA (cerca de 111 mil dólares americanos).
Além disso, entre 2008 e o primeiro semestre de 2009, os confiscos registaram uma assunção fulgurante com 12 mil 782 quilos 232 gramas de droga apreendidos pela Polícia, pela Gendarmaria e pelas Alfândegas, ou seja um valor de 511 milhões 758 mil 900 francos CFA (mais de um milhão de dólares americanos).
Mas além deste vasto mercado de trânsito e venda, que constitui o Senegal, outras fontes revelam que este país é igualmente produtor de cânhamo-indiano, o que o coloca na posição de líder neste domínio na África francófona e terceiro na África Ocidental atrás da Nigéria e do Gana.
"Senegaleses aproveitam a fertilidade das terras e a humidade do chão nalgumas zonas do país, nomeadamente no sul, em Casamança, na zona dos Niayes entre Dakar e Saint-Louis (norte) bem como na pequena costa, entre Mbour e a Ponta de Sangomar (oeste), para cultivar todas as formas de cânhamo-indiano ou cannabis", sublinha o relatório do OGDD.
"Produções são muitas vezes são vendidas na sub-região por vendedores bem organizados e experimentados nesta matéria e que são muitas vezes detidos no interior do país ou através de alguns meios de transporte, principalmente o comboio que liga Dakar a Bamako, a capital maliana", acrescenta o documento.
Além de ter assinado as Convenções das Nações Unidas sobre os Estupefacientes, o Senegal adoptou um código de drogas que lhe permitiu criar em 1997 o Comité Interministerial de Luta contra a Droga (CILD), o Escritório Central para a Repressão do Tráfico Ilícito dos Estupefacientes (ORCTIS) e a Célula Nacional de Análise das Informações Financeiras (CENTIF) que se juntam ao Escritório dos Estupefacientes criado desde 1995.
O relatório foi divulgado no termo dum encontro ministerial sobre o tráfico ilícito de estupefacientes na África Ocidental, realizado de 13 a 15 de Fevereiro corrente em Dakar.
O documento radiografia a situação nacional do tráfico de droga no Senegal e a evolução dos confiscos de droga desde 2000, nomeadamente no que diz respeito ao cannabis, ao haxixe, ao óleo de haxixe, à heroína, à cocaína e a substâncias psicotrópicas.
Segundo o OGDD, o Senegal é muito visado pelas redes internacionais estruturadas para fazer passar a sua droga por vias terrestre, aérea e marítima, devido à sua situação geográfica no cruzamento dos caminhos marítimos e aéreos em relação à Europa, à América e à Ásia.
Um outro factor favorável a este mal é a posição geográfica do seu aeroporto internacional Léopold Sédar e do Porto Autónomo de Dakar, de acordo com o relatório.
A estes factores se junta o princípio dos acordos da Comunidade Económico dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que consagra a livre circulação de pessoas e bens em todo o seu espaço regional.
Para o cannabis, de 2000 a 2005, 80 por cento das apreensões dizem respeito à variedade denominada "niakoye" cultivada no sul do Senegal ao passo que 19 por cento concernem à a variedade "marron" proveniente do Gana via Mali, e um por cento tem a ver com a variedade "fogny" produzida na Gâmbia.
Uma tendência que acabou por inverter a partir de 2006, durante a qual 80 por cento incluíram a variedade "marron" contra 19 por cento para o "fogny" e um por cento para o "niakoye", segundo o relatório, que acrescenta que todas as apreensões efectuadas na capital senegalesa, Dakar, e nas províncias concerniram ao "marron" desde 2006 ao passo que o "niakoye" foi apreendido em Casamança, no sul do país.
"Para o cannabis, os traficantes são maioritariamente Senegaleses, Malianos e Gambianos, ao passo que os Guineenses (Conakry) evoluem na venda a retalho, contrariamente ao haxixe e ao óleo de haxixe que não se implantam no Senegal pois são manipulados por Mauritanos, Marroquinos e Paquistaneses que passam pelo Senegal rumo a outros países", indica o documento.
A situação leva a presidente do OGDD, Hawa Diallo, a dizer que o cannabis se tornou actualmente no primeiro produto, objecto do tráfico ilícito na África Ocidental, apesar dum desenvolvimento exponencial da cocaína cujas quantidades que transitam pela África Ocidental se estimam em 2008, em 50 toneladas, segundo a Organização das Nações Unidas contra a Droga e Crime (ONUDC).
Durante o mesmo período, outros tipos de droga, dos quais o haxixe, o óleo de haxixe, a heroína, a cocaína e substâncias psicotrópicas, deram igualmente entrada no Senegal.
Quanto à heroína, o mesmo estudo mostra que todos os confiscos provinham da Nigéria, do Paquistão, do Afeganistão ou da Índia para ser vendidos no Senegal.
No total, entre 2000 e 2006, as quantidades de cannabis confiscados foram avaliadas no Senegal em 27 mil 769 quilo 616 gramas, ou seja um valor de um bilião 120 milhões 619 mil 840 francos FCA (mais de dois milhoões de dólares americanos).
Relativamente ao haxixe e ao óleo de haxixe, as estatísticas revelam 15 mil 779 quilos 830 gramas, ou seja 12 biliões 770 milhões de francos CFA (mais de 26 milhões de dólares americanos) e as substâncias psicotrópicas estimadas em 526 quilos 351 gramas ou seja 53 milhões 456 mil 600 francos CFA (cerca de 111 mil dólares americanos).
Além disso, entre 2008 e o primeiro semestre de 2009, os confiscos registaram uma assunção fulgurante com 12 mil 782 quilos 232 gramas de droga apreendidos pela Polícia, pela Gendarmaria e pelas Alfândegas, ou seja um valor de 511 milhões 758 mil 900 francos CFA (mais de um milhão de dólares americanos).
Mas além deste vasto mercado de trânsito e venda, que constitui o Senegal, outras fontes revelam que este país é igualmente produtor de cânhamo-indiano, o que o coloca na posição de líder neste domínio na África francófona e terceiro na África Ocidental atrás da Nigéria e do Gana.
"Senegaleses aproveitam a fertilidade das terras e a humidade do chão nalgumas zonas do país, nomeadamente no sul, em Casamança, na zona dos Niayes entre Dakar e Saint-Louis (norte) bem como na pequena costa, entre Mbour e a Ponta de Sangomar (oeste), para cultivar todas as formas de cânhamo-indiano ou cannabis", sublinha o relatório do OGDD.
"Produções são muitas vezes são vendidas na sub-região por vendedores bem organizados e experimentados nesta matéria e que são muitas vezes detidos no interior do país ou através de alguns meios de transporte, principalmente o comboio que liga Dakar a Bamako, a capital maliana", acrescenta o documento.
Além de ter assinado as Convenções das Nações Unidas sobre os Estupefacientes, o Senegal adoptou um código de drogas que lhe permitiu criar em 1997 o Comité Interministerial de Luta contra a Droga (CILD), o Escritório Central para a Repressão do Tráfico Ilícito dos Estupefacientes (ORCTIS) e a Célula Nacional de Análise das Informações Financeiras (CENTIF) que se juntam ao Escritório dos Estupefacientes criado desde 1995.