O chefe da MONUSCO condena recurso a crianças soldados por grupos armados na RDC

Kinshasa, RD Congo (PANA) - Milhares de crianças continuam a ser recrutadas por grupos armados no leste da República Democrática do Congo (RDC) o que afeta o seu futuro e priva a RDC da sua vigor e força ", declarou Martin Kobler, o representante especial do Secretário-Geral (SC) da Organização das Nações Unidas (ONU) na RDC, por ocasião do Dia Internacional contra o uso de crianças-soldados.

O chefe da MONUSCO congratulou-se, por outro lado, com os esforços feitos pelo Governo da República Democrática do Congo, que adoptou um plano de ação em outubro de 2012, indicando assim claramente o seu compromisso para acabar com o recrutamento e uso de crianças e nos conflitos armados.

"As crianças são feitos para a escola não para o campo de batalha. Demos-lhes esferográficas e não armas. Convido todos os meninos-soldados a se entregar e peço a todos os jovens para resistir aos grupos armados", concluiu Kobler.

O dia Internacional contra o uso de crianças-soldados foi lançada em 2002, quando o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os direitos da Criança, em particular o seu envolvimento em conflitos armados entrou em vigor. Ele proíbe a implicação das crianças de menos de 18 anos nas hostilidades.

Este protocolo foi aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em maio de 2000 e ratificada por 100 países, dos quais a RDC.

O documento estima em 300 mil o número de crianças-soldados, meninos e meninas, menores de 18 anos, vítimas de mais de 30 conflitos em todo o mundo.

O plano de ação para acabar com o recrutamento e uso de crianças pelas forças armadas e pelos serviços de segurança da RDC foi assinado a 04 de outubro de 2012, pelo governo congolês.

-0- PANA VAO/FJG/DIM/DD 12fev2015