PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Número de parcelas de regadio aumenta 22,2 porcento em Cabo Verde, segundo dados
Praia, Cabo Verde (PANA) – De 2004 a 2015, o número de parcelas de regadio aumentou 22,2 porcento em Cabo Verde, de acordo com dados apurados pelo 5º Recenseamento Geral da Agricultura divulgados, esta quarta-feira, na cidade da Praia.
No entanto, regista-se que, apesar de um “aumento significativo” do número de parcelas de regadio de 10 mil 612 em 2004 para 12 mil 563 em 2015, o de sequeiro continua a dominar no país, sendo que, em 2004, existiam 73 mil 852 parcelas e, em 2015, desceu para 61 mil 415, o que representou uma diminuição de 1,7 porcento.
Segundo o diretor de Estatísticas do Ministério da Agricultura e Ambiente, Inussa Barry, comparativamente ao ano de 2004, altura da realização do IV Recenseamento Geral da Agricultura, pode-se constatar que houve também a diminuição do número de parcelas agrícolas em 12,5 porcento, ou seja, passou de 85 mil 671 para 74 mil 944.
Inussa Barry explicou que esta tendência para uma queda de agricultura de sequeiro e o aumento das áreas irrigadas, que se verifica desde 2004, quando ainda não havia barragens, deriva de “um conjunto de políticas implementadas para a promoção da agricultura, juntamente com o aumento de água”.
De acordo com os dados apurados pelo censo, a área cultivada em Cabo Verde é de 36 mil 456 hectares, representando 9,1 porcento do território nacional. Contudo, a produção de sequeiro, que é “dominante no país”, não chega para satisfazer as necessidades básicas da população, sendo que, em bons anos agrícolas, o mesmo cobre apenas 20 a 25 porcento das necessidades do país, enquanto, em maus anos agrícolas, não ultrapassa os cinco porcento.
Conforme o ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, as estatísticas são importantes, mas o desafio agora é tirar proveito do V Recenseamento Geral da Agricultura 2015 e implementar novos inquéritos e sondagens que permitam produzir estatística agrícola de forma permanente de modo a apoiá-la nas decisões a nível da governação e da produção.
O ministro acredita que, desta forma, será possível mitigar os preços no mercado, algo que considera essencial para o “tecido produtivo”.
Sustentou que os resultados agora apresentados constituem uma base de trabalho para se poder melhor contabilizar a agricultura a nível nacional.
“Temos que ter uma agenda específica para a formalização da economia agrária e já estamos trabalhando nisso”, defendeu Gilberto Silva que explicou que a informalidade é resultado da não organização dos próprios agricultores.
Lembrou que os dados hoje apresentados mostram que é uma atividade essencialmente familiar.
Entretanto, tendo em conta o número de pessoas que emprega, o governante sustentou que a agricultura constitui a principal atividade económica em Cabo Verde, mas que o “maior desafio” tem a ver com o rendimento, porque, frisou, “não basta” empregar um número considerável de pessoas, mas que é fundamental que ela traga rendimentos para as famílias e contribua, de forma substancial, para a redução da pobreza.
Ao longo da sua história, Cabo Verde já realizou cinco Recenseamento Geral da Agricultura (RGA), sendo que o primeiro foi em 1963 e os últimos quatro após a independência em 1975, respetivamente em 1978, 1988, 2004 e em 2015.
A apresentação pública dos resultados do 5º Recenseamento Geral da Agricultura 2015 contou com a presença dos ministros da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, e das Finanças, Olavo Correia.
Também presenciaram o ato o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Cabo Verde, Rémi Nono Womdim, e o representante do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD), Vincent Ngendakumana, entidades que apoiaram o Governo na realização desta operação.
-0- PANA CS/DD 27set2017
No entanto, regista-se que, apesar de um “aumento significativo” do número de parcelas de regadio de 10 mil 612 em 2004 para 12 mil 563 em 2015, o de sequeiro continua a dominar no país, sendo que, em 2004, existiam 73 mil 852 parcelas e, em 2015, desceu para 61 mil 415, o que representou uma diminuição de 1,7 porcento.
Segundo o diretor de Estatísticas do Ministério da Agricultura e Ambiente, Inussa Barry, comparativamente ao ano de 2004, altura da realização do IV Recenseamento Geral da Agricultura, pode-se constatar que houve também a diminuição do número de parcelas agrícolas em 12,5 porcento, ou seja, passou de 85 mil 671 para 74 mil 944.
Inussa Barry explicou que esta tendência para uma queda de agricultura de sequeiro e o aumento das áreas irrigadas, que se verifica desde 2004, quando ainda não havia barragens, deriva de “um conjunto de políticas implementadas para a promoção da agricultura, juntamente com o aumento de água”.
De acordo com os dados apurados pelo censo, a área cultivada em Cabo Verde é de 36 mil 456 hectares, representando 9,1 porcento do território nacional. Contudo, a produção de sequeiro, que é “dominante no país”, não chega para satisfazer as necessidades básicas da população, sendo que, em bons anos agrícolas, o mesmo cobre apenas 20 a 25 porcento das necessidades do país, enquanto, em maus anos agrícolas, não ultrapassa os cinco porcento.
Conforme o ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, as estatísticas são importantes, mas o desafio agora é tirar proveito do V Recenseamento Geral da Agricultura 2015 e implementar novos inquéritos e sondagens que permitam produzir estatística agrícola de forma permanente de modo a apoiá-la nas decisões a nível da governação e da produção.
O ministro acredita que, desta forma, será possível mitigar os preços no mercado, algo que considera essencial para o “tecido produtivo”.
Sustentou que os resultados agora apresentados constituem uma base de trabalho para se poder melhor contabilizar a agricultura a nível nacional.
“Temos que ter uma agenda específica para a formalização da economia agrária e já estamos trabalhando nisso”, defendeu Gilberto Silva que explicou que a informalidade é resultado da não organização dos próprios agricultores.
Lembrou que os dados hoje apresentados mostram que é uma atividade essencialmente familiar.
Entretanto, tendo em conta o número de pessoas que emprega, o governante sustentou que a agricultura constitui a principal atividade económica em Cabo Verde, mas que o “maior desafio” tem a ver com o rendimento, porque, frisou, “não basta” empregar um número considerável de pessoas, mas que é fundamental que ela traga rendimentos para as famílias e contribua, de forma substancial, para a redução da pobreza.
Ao longo da sua história, Cabo Verde já realizou cinco Recenseamento Geral da Agricultura (RGA), sendo que o primeiro foi em 1963 e os últimos quatro após a independência em 1975, respetivamente em 1978, 1988, 2004 e em 2015.
A apresentação pública dos resultados do 5º Recenseamento Geral da Agricultura 2015 contou com a presença dos ministros da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, e das Finanças, Olavo Correia.
Também presenciaram o ato o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Cabo Verde, Rémi Nono Womdim, e o representante do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD), Vincent Ngendakumana, entidades que apoiaram o Governo na realização desta operação.
-0- PANA CS/DD 27set2017