Agência Panafricana de Notícias

Novo presidente da comissão eleitoral inicia consultas na Guiné-Conakry

Conakry- Guiné-Conakry (PANA) -- O novo presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) da Guiné-Conakry, o Maliano Siaka Toumany Sangaré, indicou quarta-feira ter iniciado consultas com os seus próximos colaboradores e com os atores implicados no processo eleitoral.
Sangaré que falava no termo duma audiência com o Presidente Sékouba Konaté declarou-se consciente da responsabilidade que acaba de lhe confiar o chefe de Estado guineense para organziar "um escrutínio transparente e credível".
Perito em matéria eleitoral da Organização Internacional da Francofonia (OIF) no processo eleitoral guineense, o general Sangaré, nomeado terça-feira à frente da CENI, prometeu uma "boa organização da segunda volta das presidenciais".
Presente na Guiné-Conakry há 10 meses, Siaka Sangaré disse esperar poder trabalhar numa atmosfera cordial com todos os atores implicados no processo eleitoral e prometeu a sua neutralidade e imparcialidade.
O Presidente Konaté, que lhe renovou a sua confiança, instou-o a mostrar-se digno da sua escolha e honrar o seu grau de oficial general no quadro da condução da segunda volta das presidenciais, inicialmente prevista para domingo próximo entre Alpha Condé e Cellou Dalein Diallo.
O novo presidente da CENI substitui Louncény Camara eleito em Setembro passado, no lugar do defunto Ben Sékou Sylla, por 17 dos 22 colegas seus mas rejeitado pelo candidato da União das Forças Democráticas da Guiné-Conakry (UFDG), Cellou Dalein Diallo, que o acusa de ser próximo do seu opositor, Alpha Condé, da Coligação do Povo da Guiné (RPG).
A escolha do general Sangaré, assistido pelo antigo presidente da CENI, Louncény Camara, e pela presidente interina, Haja Mame Camara, que assegura a vice-presidência, foi saudado pelos campos dos dois protagonistas que continuam a sua campanha.
A nomeação do general Sangaré permitiu a resolução da situação sociopolítica no país onde a capital conheceu durante dois dias violentos confrontos entre as forças da ordem e os militantes da UFDG que, reclamando pela demissão de Louncény Camnara, apedrejaram e assaltaram simples transeuntes nas artérias de alguns bairros do alto subúrbio onde polícias e gendarmes procederam a detenções.