Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – Um novo livro decreve a forma como os motins de julho último, na África do Sul, semearam o caos nas províncias de Gauteng e KuwaZulu-Natal, devido à detenção do Presidente Jacob Zuma.
O livro “Eight Days in July,” escrito por Qaanitah Hunter, Jeff Wicks e Kaveel Singh, apresenta de forma pormenorizada a forma como os Serviços de Inteligência advertiram para as agitações à escala nacional, dois meses antes da tentativa de insurreição frustrada de julho último.
A obra nota que os Serviços da Inteligência alertaram a administração do Presidente Cyril Ramaphosa que o julgamento por corrupção de Zuma no caso das vendas de armas tinha a potencialidade de descencadear motins, cerca de dois meses antes da insurreição frustrada de julho último em que 360 pessoas morreram.
Com base em centenas de páginas de documentos secretos e relartórios que foram divulgados, os autores expõem uma série de passos em falso no seio dos Serviços de Segurança.
Zuma, que cumpria uma pena de 15 meses de prisão por ultraje ao Tribunal Constitucional, obteve uma liberdade condicional, em outubro último, por razão médica.
Ele suscitou a indignação, em novembro de 2020, por ter deixado a comissão sem autorização do juiz Raymond Zondo que realizava inquéritos relativos às alegações de corrupção durante os nove anos da sua Presidência.
-0- PANA CU/RA/NFB/JSG/SOC/FK/IZ 02nov2021