Novo adiamento de julgamento por corrupção do antigo Presidente sul-africano
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O Tribunal Superior de KwZulu-Natal autorizou segunda-feira o adiamento, para 17 de maio próximo, do tão aguardado julgamento criminal do ex-Presidente Jacob Zuma por corrupção.
De acordo com o juiz Piet Koen, o seu tribunal foi forçado a adiar o caso, porque Zuma tinha um recurso pendente no Supremo Tribunal de Apelação (SCA), circunstâncias em que a lei prevê a suspensão automática de qualquer decisão de recurso.
Zuma, que completa 80 anos terça-feira, não compareceu ao tribunal com o seu advogado Dali Mpofu, alegando uma "emergência médica".
No mês passado, o tribunal de primeira instância rejeitou as tentativas de Zuma de contestar as suas acusações de suborno, concluindo que as suas moções "não tinham chance razoável de sucesso na apelação e que não havia outra razão imperativa para apreciação de um recurso".
Zuma pediu ao tribunal o direito de contestar a rejeição de Koen ao seu pedido de confissão no qual ele pedia a retirada do procurador Billy Downer, alegando que ele era parcial contra ele.
Zuma também acusou Downer de vazar anteriormente informações sobre o seu julgamento por corrupção para terceiros e partes não autorizadas, incluindo alegados espiões da CIA e alguns meios de comunicação locais.
Em outubro passado, Zuma apresentou uma queixa contra Downer, que liderou o processo contra ele por duas décadas.
Na segunda-feira, Downer repetiu a frequentemente citada alegação do Estado de que Zuma estava a adotar "táticas de Stalingrado" jurídicas para evitar o julgamento.
No entanto, Mpofu disse que as "alegações de Stalingrado" eram "fofocas de corredor" e não foram comprovadas ou substanciadas. "Zuma é algum tipo de pessoa especial que não tem o direito de recorrer como os outros seres humanos? Este insulto gratuito de bloqueio e atraso não é confirmados pelos fatos", disse.
Zuma, que é inculpado ao lado da empresa francesa de armas Thales, enfrenta 18 e 783 acusações de fraude, suborno, lavagem de dinheiro e extorsão relacionadas ao programa de compra de armas nucleares da África do Sul, na década de 1990. Thales enfrenta quatro acusações.
-0- PANA CU/MA/MTA/IS/MAR/IZ 11abril2022